Recuso-me a aceitar

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Escrevo hoje com bastante revolta, pois na semana passada presenciei o descaso de um ser humano com o seu semelhante aqui em nossa cidade. Não que eu viva em uma bolha onde jamais havia visto isso, mas mesmo que isso infelizmente aconteça com freqüência em nossas vidas, ainda sim recuso-me a aceitar e tratar com naturalidade tal fato.

No dia 4 de setembro, fui até a câmara municipal buscar o DVD com a gravação da sessão do dia 03/08 que eu havia solicitado há algumas semanas, e na ocasião encontrei o Prof. Emerson que na ocasião me convidou para que eu fosse com ele até o Pronto socorro para conferir uma denúncia.

Aceitei o convite, e fomos.Lá chegando, tive a mesma sensação que tenho sempre que eu, ou alguém da minha família precisa utilizar aquele espaço. Nojo!

Embora eu venha de uma família simples, na minha casa uma coisa nunca faltou: Higiene. Higiene essa que tão pouco é lembrada no dia-a-dia daquele local, bancos sujos, chão encardido, copos plásticos por todos os lados, banheiros mal iluminados, e um ambiente muito pesado. E assa má higienização embora inacreditável, era justificável, não por desleixo dos funcionários (que aparentam ser os únicos realmente preocupados), mas sim pela falta de condições de trabalho e material de limpeza.

O pior ainda estava por vir, quando eu entrei naquele lugar onde há alguns meses utilizei e desejei nunca mais voltar, não sabia se eu chorava ou fechava meus olhos. É impossível alguém sem tratado seja de qualquer doença ou ferimento que for, naquele ambiente. As paredes sujas, as portas enferrujadas, e a paciência dos funcionários assim como os detergentes que lá haviam, estavam no fim.

A denúncia seria de não existir nos sanitários, sabonete (liquido ou mesmo comum), nem papel toalha, nem álcool em gel, e nem mascaras para a prevenção de gripe suína. Procurarmos a diretora do P.S.*, porém ela não se encontrava, conversamos então com diversos funcionários, que em seus olhos murchos e cansados demonstravam ainda esperança.

Alguns chegaram a dizer que se a ANVISA (Agencia nacional de vigilância sanitária) fosse fiscalizar o local, ele seria interditado na hora. Lá eles nos disseram que várias coisas estavam em falta, funcionários, produtos de limpeza, lâmpadas, transporte, médicos com experiência, além é claro do álcool em gel e dos outros produtos de higiene.

Quando a diretora Tatiana Pellegrine chegou, nos explicou que realmente não sabia o motivo de não estar lá o sabonete liquido e o papel toalha, (temos que lembrar que também não havia suporte para s mesmo - Ariel), e alegou que o álcool em gel estava esgotado. Porém segundo os funcionários, naquele P.S.* nunca existiu álcool em gel.

15 min após a nossa saída daquele local, recebi uma ligação de um conhecido que eu havia encontrado no P.S.* dizendo que ainda estava lá, e naquele momento estava acabando de ser instalados suportes para papel toalha, sabonete liquido, e álcool em gel.

Isso foi por volta das 19h, aonde que alguém poderia ir comprar tais suportes e produtos a essa hora?
Ou seja, será que eles já tinham tais suportes e estariam negando os mesmo a população que paga seus impostos?

Não, não, seria muita crueldade pensarmos isso, ou será que seria mais crueldade ainda eles terem feito isso?

*Pronto Socorro


Por fim, logo abaixo seguem as fotos que tiramos, com os detalhes realçados.



(Ausência de lampadas nos sanitários)



(Ausência dos produtos de higiene pessoal)


(Cartaz de prevenção da Gripe Suína incentivando a lavar as mãos constantemente)

2 comentários:

Fran disse...

Revoltante ver a situação do Pronto Socorro de nossa cidade. Como pode um espaço destinado à saúde não oferecer um item indispensável à higiene, como o sabonete? Que absurdo!
E é intrigante a rápida aparição do papel toalha, do sabonete líquido e do álcool em gel logo após a saída de vocês. Que coincidência, não?!
Que essa denúncia sirva para alertar as autoridades que este local carece não somente de produtos de higiene, como também de um bom atendimento!

Beijos!

Débora Morais * disse...

É revoltante o trato que a coisa pública tem. Quanto desdém...
Aproveito pra te parabenizar pela conduta e pelos principios!
Assim é que se faz a diferença!

BeijinhoOS

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