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Quanta gentileza Doutor...

Várias vezes, pessoas vieram-me dizer que estou sempre batendo na mesma tecla, e que não adianta que não vou mudar o mundo. Elas têm razão. Mudar o mundo não, mais ajudar na mudança sim.


Vejam que interessante, vários vereadores (eu disse VÁRIOS) já vieram com uma certa conversa (em particular claro), dizendo que eu deveria parar de escrever sobre câmara, e vereadores, mas sim da prefeitura. Ei, calma ai. Querem me dizer sobre o que devo ou não escrever? Não não assim não dá!


Não faço parte do PIO (Partido da Imprensa Oportunista), faço parte dos cidadão de bem que querem mudança e as cobram. Faço parte daqueles munícipes que se mobilizam por seus ideais, daqueles que lutam por casa, mas também pela preservação ambiental. Sou daqueles que vêm algo de errado no serviço público e faz questão de espalhar pro maior número de pessoas possíveis. Sou daqueles que escreve o que pensa, que aceita sugestões, mas não imposições.


Mas já era de se esperar, imaginem, eles devem estar acostumados a pedirem esse tipo de “favor” pra alguns senhores portadores da verdade sobre nossa cidade, e é claro que eles devem responder com aquele velho ditado “pagando bem que mal tem?”


Pois é, mas aqui não é assim. Aqui falamos do que vemos, do que sabemos, do que nos preocupa, do que é realmente vergonhoso e nojento da parte de quem faz, mas justo da parte de quem denuncia e questiona.


Embora saibamos das inúmeras irregularidades que ocorrem também no executivo, lá ainda existe uma blindagem onde raramente é derrubada pelos nossos vereadores, que dirá por nós munícipes. Porém isso não nos faz desistir, mas nos faz cobrar daqueles que devem e podem correr atrás dessas irregularidades, nossos representantes.


Mas vejam só que interessante, porque será que eles se incomodam com alguns textos, algumas questões, e com algumas denúncias? Será que é porque estamos sendo injustos com o trabalho deles, ou será que é pelo fato deles estarem mais preocupado com as próximas eleições do que com a sua atual gestão?


Muitos lá dentro esquecem que apenas “estão vereadores” e não “são vereadores”. Bem, indiferente da resposta deles, não sei se eles estão realmente preocupados com os questionamentos e com as denúncias que nós munícipes levantamos quase que diariamente.


Eu por exemplo, por diversas vezes fui ironizado em sessões ordinárias, e até mesmo na vida cotidiana por aqueles que deveriam entender e aceitar sugestões e críticas. Recentemente mais uma vez fui vítima da ironia, frieza e descaso de nossos “homens do povo”. Um dos médicos de maior prestígio em nossa cidade, que já foi candidato a vice prefeito com o Jan Nicolau, e hoje é vereador em nossa cidade, fez questão de me servir água engarrafada durante a leitura que fiz de um parecer da AREA na audiência publica para a alteração do plano diretor.


A mesma água que me refiro no artigo publicado no DebateOnline , Jornal fonte, e também em meu blog com o título “Câmara de Jaboticabal gasta mais de R$ 44 mil só para vereadores beberem água”.




Muita gentileza da parte deste Doutor não?



Foto: ZéMArio
Descrição: (Dr. Aloísio Tita Rosa servindo gentilmente Ariel Gricio-Blog da moska)
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Enquetes/ Sen. Kátia Abreu

Boa Tarde a todos!


Hoje venho informar o resultado da nossa primeira enquete “Qual o vereador mais compromissado com a população?”, e também o lançamento da nossa próxima, que será “Qual o nome mais adequado para nossa querida cidade?”.





 (Clique na imagem)


A primeira enquete permaneceu no ar por 40 dias, já essa segunda terá a duração de apenas 2 semanas, para podermos trocá-la com mais freqüência. Logo abaixo existe um texto explicando o porque da nova enquete.




Porque “renomear” a nossa cidade?

Jaboticabal vive uma fase difícil e isso não é novidade pra ninguém. Os poderes se confundem, as mídias se vendem, e nós não fazemos nada. Seria hora então de criarmos um novo nome para nossa cidade, na esperança de que todos acordem e vejam o rumo que ela está tomando.


Esquecemos do quanto melhor essa nossa querida cidade ainda pode ser, querida por nós mas nem tanto por eles. Eles quem?

Muitos. Principalmente aqueles que se autonomeiam “Filhos Ilustres”.Aqueles que dizem que sempre lutaram pela nossa cidade, mas que nós nunca vimos. Aqueles que só vêem esperanças num futuro melhor três meses antes das eleições. Também aqueles que têm o papel fundamental de informar e noticiar, mas não de manipular nem de se vender.

Eis aqui um novo momento, aquele próximo do fim , mas também de um recomeço. Recomeço esse que virá não das cinzas de nossos “ex-políticos”, mas sim da consciência de cada um de nós.


Será que se nossos representantes realmente fiscalizassem as ações do nosso prefeito, nesse momento haveriam asfaltos cedendo em toda a cidade criando buracos em diversas ruas? Será que haveria um gasto de mais de 500mil com Shows e tudo ficaria como está, em silêncio?


Se essas pessoas realmente gostassem de nossa cidade, elas não permitiriam o nepotismo discreto que aqui existe. Se nossos vereadores realmente nos representassem, nós não iríamos ficar aqui insistindo em transparência, ética e moral.


Porém em todo caso, ainda existe a imprensa. Impressa essa que deveria ser a nossa salvação, mas que em verdade tem feito de seu papel um leilão. Assim como na esfera nacional, ela se vende aqui também, e por pouco. Não sei se chegariam a criar aqui um comitê do PIG (Partido da Imprensa Golpista), mas tenho certeza que poderiam criar um do PIO (Partido da Imprensa Oportunista) com raras exceções. Comparem os periódicos de nossa cidade de 2 anos atrás com os atuais. Depois, compare com o dos próximos anos. Alguma diferença?


Isso se chama irresponsabilidade social, e não amor a cidade em informar o correto, o real, a verdade. Mas sim o vantajoso (para eles claro!).


Será que a imprensa ama tanto assim nossa cidade?


Enfim, e nós?


Será que tudo isso estaria acontecendo se nós realmente amassemos nossa cidade?

Porque a prefeitura desistiu na alteração do plano diretor? Porque eles perceberam a importância da lagoa do Peta? Não!


Eles só recuaram pela manifestação de algumas pessoas, que só ao encherem a casa de leis de nossa cidade, já colocaram pressão suficiente para eles desistirem do lamentável destino que iria ter um mais um pedacinho da nossa linda natureza que ainda luta para sobreviver aqui.


E você já conhece a câmara de nossa cidade? Sabe quando ocorrem as sessões que decidem o futuro da sua cidade? Sabe se quem você votou, está realmente te representando? Aliás, você ainda lembra o nome dele?


E nós, será que realmente amamos Jaboticabal?

(Ariel Gricio)








Segue logo abaixo alguns textos sobre os devedores da União e o grupo da Senadora Kátia Abreu que realmente merecem sua atenção. Impossível não se indignar.



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Kátia Abreu e o jogo político dos que devem bilhões de reais para o governo federal
Maus pagadores dos bancos públicos querem retaliar movimento social


 A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) e o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado
(GO), ambos representantes da bancada ruralista, protocolaram no Senado
pedido de CPI mista (CPMI) para investigar denúncias de repasses de
recursos públicos e do Exterior ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST).
(Senadora Kátia Abreu -DEM com o Governador José Serra -PSDB)


Muito bem. Sugerimos, agora, que a bancada não-ruralista, que (penso eu) é
majoritária no Congresso protocole um pedido de CPI com o seguinte objeto
de investigação: examinar todos os passivos bancários, créditos em
liquidação e empréstimos incobráveis dos proprietários de terras com áreas
superiores a um mil hectares nos bancos da União federal.

Há suspeitas empíricas e evidências factuais que apontam para um
patrimônio fabuloso apropriado por tais proprietários rurais, e que de
alguma forma não querem ou não podem saldar as dívidas contratadas. Não se
trata de denúncia vazia da revista Veja ou do Estadão, mas de fatos
conhecidos pelos brasileiros, sabedores da histórica índole velhaca destes
tomadores de recursos públicos sem o devido ressarcimento
contratual.

Fac-símile: declaração de bens da senadora Abreu, do ano de 2006,
onde ela declara um "terreno rural" de 1.268 hectares por 10 mil reais, e
outro "terreno rural" de 1.205 hectares por 27 mil reais. Cara-de-pau.

A rigor, a senadora é proprietária de 4.500 hectares de terras,
povoada com 3.500 cabeças de gado de corte, esparramados pelos seus
eufemísticos "terrenos rurais".

Fonte: Blog Diário Gauche

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Nota do Chicão:

A história desta senadora Kátia Abreu é significativa para você
entender como os MUITO RICOS USAM O DINHEIRO PÚBLICO PARA FICAREM MAIS RICOS.

A agência Repórter Brasil fez uma reportagem sobre a origem de um destes "terrenos rurais" de senadora Kátia Abreu.

O título é: Tocantins: políticos se esbaldam com terra quase de graça [Clique aqui para ler]

Esta matéria está no Blog do Sakamoto. Uma das principais
beneficiadas deste absurdo é a senadora Kátia Abreu (DEM-TO).

A senadora é ardorosa defensora do que há de pior no Brasil. Por isto é
poupada e até elevada ao nível dos defensores da moral e da ética.

O texto do Sakamoto é uma forma de você aprender o que é feito com o
dinheiro público com o objetivo de LEVÁ-LO PARA O BOLSO DOS QUE SÃO MUITO
RICOS.
São os mesmos que combatem o Bolsa Família. Combatem porque o gasto do
Bolsa Família significa menos dinheiro para o "Bolsa Família Milionária".

O dinheiro é um só, ou vai para o bolso dos muito ricos ou vai para o
bolso dos mais humildes.

Fonte: Blog do Chicão
http://chicaodoispassos.blogspot.com



Terceira CPI contra o MST em 5 anos


O MST é um fenômeno. Nunca um movimento social foi tão
investigado.

Invasão de terras, invasão de prédios públicos.


O MST faz isto para que haja reforma agrária no Brasil.

Reforma agrária é a forma de ajudar milhões de pessoas a terem seus
próprios negócios. Produzir, trabalhar e viver com dignidade.

O dinheiro do governo é um só. Se é destinado para um investimento, deixa
de ir para outro lugar.

A disputa é: no bolso de quem vai parar o dinheiro público?

Se é comprado remédio para o SUS o operário não precisa comprá-lo na
farmácia. Ele pode, por exemplo, ir passear com a família.

Se o dinheiro é usado em benefícios fiscais e anistias econômicas
para grandes devedores agrícolas, falta dinheiro para investir em outras
áreas.

É simples.

Quando o MST obriga o governo a gastar um pouco em reforma agrária está
tirando dinheiro que vai para o bolso de alguns setores.

Normalmente os ruralistas NÃO GOSTAM DE PAGAR suas dívidas com o povo
brasileiro.

O custo destas dívidas para todos nós é de mais de 20 BILHÕES DE
REAIS.

Um volume muito maior do que é destinado para a reforma agrária.

A luta contra o MST é a luta, portanto, para que o dinheiro público seja
prioritariamente gasto com o que interessa aos muito ricos.

Para a classe média, a luta do MST é de suma importância. Gera novos
negócios, mais empregos, aumenta a classe média e diminui a migração do
campo para a cidade. O MST ajuda a classe média 


(http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/04/mst-e-acao-direta-como-o-mst-ajuda.html)


Nota do MST sobre CPI protocolada no Congresso Nacional

A força das nossas mobilizações e o avanço das conquistas dos trabalhadores Sem Terra causaram uma forte reação do latifúndio, do agronegócio, da mídia burguesa e dos setores mais conservadores da sociedade brasileira contra os movimentos sociais do campo, em especial o MST, principalmente por causa do anúncio da atualização dos índices de produtividade da terra pelo governo Lula.

Denunciamos que a CPI contra o MST é uma represália às nossas lutas e à bandeira da revisão dos índices de produtividade. Para isso, foi criado um instrumento político e ideológico para os setores mais conservadores do país contra o nosso movimento. Essa é a terceira CPI instalada no Congresso Nacional contra o MST nos últimos cinco anos. Além disso, alertamos que será utilizada para atingir os setores mais comprometidos com os interesses populares no governo federal.

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), os deputados federais Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS), líderes da bancada ruralista no Congresso Nacional, não admitem que seja cumprida a Constituição Federal de 1988 e a Lei Agrária, de fevereiro de 1993, assinada pelo presidente Itamar Franco, que determina que "os parâmetros, índices e indicadores que informam o conceito de produtividade serão ajustados, periodicamente, de modo a levar em conta o progresso científico e tecnológico da agricultura e o desenvolvimento regional".

Os parâmetros vigentes para as desapropriações de áreas rurais têm como base dados do censo agrário de 1975. Em 30 anos, a agricultura passou por mudanças tecnológicas e químicas que aumentaram a produtividade média por hectare. Por que o agronegócio tem tanto medo da mudança nos índices?

A atualização dos índices de produtividade da terra significa nada mais do que cumprir a Constituição Federal, que protege justamente aqueles que de fato são produtores rurais. Os proprietários rurais que produzem acima da média por região e respeitam a legislação trabalhista e ambiental não poderão ser desapropriados, assim como os pequenos e médios proprietários que possuem menos de 500 hectares, como determina a Constituição.

A revisão terá um peso pequeno para a Reforma Agrária. A Constituição determina que, além da produtividade, sejam desapropriadas também áreas que não cumprem a legislação trabalhista e ambiental, o que vem sendo descumprido pelo Estado brasileiro. Mesmo assim, o latifúndio e o agronegócio não admitem essa mudança.

Os setores mais conservadores da sociedade não admitem a existência de um movimento popular com legitimidade na sociedade, que organiza trabalhadores rurais para a luta pela Reforma Agrária e contra a pobreza no campo. Em 25 anos, tentaram destruir o nosso movimento por meio da violência de grupos armados contratados por latifundiários, da perseguição dos órgãos repressores do Estado e de setores do Poder Judiciário, da criminalização pela mídia burguesa e até mesmo com CPIs.

Apesar disso, resistimos e vamos continuar a organizar os trabalhadores pobres do campo para a luta pela Reforma Agrária, um novo modelo agrícola, direitos sociais e transformações estruturais no país que criem condições para o desenvolvimento nacional com justiça social.

Secretaria Nacional do MST 
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"Nosso Mundo. Sua ação" - Cruz vermelha e Crescente vermelho

O Blog da Moska está colaborando na divulgação da campanha “Nosso mundo. Sua Ação” da Cruz vermelha e do Crescente vermelho. Durante duas semanas, vocês encontraram na coluna direita um “banner” de divulgação.

Para saber mais, leia os textos abaixo, e assistam ao interessantíssimo vídeo de divulgação, e se possivel visitem a página da campanha [Clicando aqui].


Campanha “Nosso mundo. Sua ação”

A campanha 'Nosso mundo. Sua ação.' é um pedido de atenção. Nosso mundo enfrenta desafios sem precedentes, que vão desde conflitos e deslocamentos em massa a mudanças climáticas, migrações e crise financeira mundial. Temos uma responsabilidade coletiva de fazer de nosso mundo um lugar melhor. Depende de cada um de nós, como indivíduos, agir para ajudar outras pessoas. Jovens ou idosos, todos podemos fazer a diferença.

Em 2009, o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho está comemorando 150 anos da Batalha de Solferino. Foi quando um jovem empresário suíço, Henry Dunant, não desviou o olhar e agiu rapidamente mobilizando os civis para ajudar milhares de soldados feridos sem assistência.

A campanha 'Nosso mundo. Sua ação.' celebra a importância do gesto humanitário de Henry Dunant. Em 2009, também destacamos os 90 anos da fundação da Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) e os 60 anos das Convenções de Genebra, que protege os mais vulneráveis em tempos de guerra.

Com uma série de eventos públicos em todo o mundo, o Movimento da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho está destacando os desafios enfrentados pelas pessoas necessitadas em todo o mundo, bem como as ações que podem mudar suas vidas. A campanha revela suas histórias através de fortes depoimentos e imagens.

Este é o nosso mundo e esta é a hora de agirmos.




Sobre a Cruz vermelha e o Crescente vermelho

O Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho é a maior rede humanitária do mundo. O Movimento é neutro e imparcial e dá proteção e assistência às pessoas afetadas pelos desastres e conflitos.

O Movimento é formado por quase 97 milhões de voluntários, apoiadores e equipes em 186 países. Ele tem três principais componentes:

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV)
A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho

Como parceiros, os diferentes membros do Movimento apóiam comunidades para que estas se tornem mais fortes e mais seguras por meio de uma variedade de projetos de desenvolvimento e atividades humanitárias. O Movimento também trabalha em cooperação com governos, doadores e outras organizações de socorro para assistir as pessoas vulneráveis em todo o mundo.

Fonte: http://ourworld-yourmove.org/ (página da campanha)

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Protógenes Queiroz em Jaboticabal: O homem certo no lugar certo

Bisneto de padre, e filho de ex-combatente da primeira guerra mundial, Protógenes Queiroz mostra que a luta por justiça está no seu sangue.

Em uma rápida biografia, podemos lembrar que Protógenes foi delegado da UNE em 1980, deixou de fazer engenharia (contra o gosto de seu pai), para cursar direito. Largou o cargo de desembargador, para se tornar delegado da polícia federal. Nessa função prendeu vários bandidos de colarinho branco dentre eles o contrabandista Law Kim Chong, o ex-governador Maluf, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, e recentemente o empresário Naji Nahas, e o Banqueiro Daniel Dantas dono do grupo Opportunity durante uma das mais importantes operações contra corrupção: Satiagraha.


Em quatro anos de operação, a Satiagraha viu vários
delegados da Polícia Federal desistirem das investigações no meio do caminho. A razão das desistências está clara. A operação investigava nada menos que Daniel Dantas, controlador do banco Opportunity.

O delegado Protógenes, pelo seu histórico, não é de deixar trabalho incompleto e é acostumado a debulhar casca grossa. Foi ele quem comandou as investigações e pôs fim à impunidade e às atividades criminosas do ex-deputado e esquartejador Hildebrando Pascoal e seu bando; do contrabandista chinês Law Kin Chong; do ex-governador Paulo Maluf; e do russo Boris Berezovski, desmantelando a organização que ligava a MSI ao Corinthians.

De investigador, Protógenes passou a investigado. A rede globo, a revista veja,e os jornais o Estado de São Paulo e principalmente a Folha de São Paulo, vem atacando Protógenes Queiroz a cada dia com mais e mais acusações até então infundadas . Mas pra quem enfrentou Daniel Dantas e venceu, encarar o PIG* não é nada de mais.

Em evento organizado pela ADUNESP, Protógenes Queiroz vem a Jaboticabal para debater sobre corrupção, um assunto incômodo a várias pessoas de nossa cidade.

Embora tenha sofrido diversos atentados e ameaças, Protógenes não se intimida e nem desiste, e vai em busca de um país mais justo. Deixa claro a todos que é possível fazer a diferença, e que um homem honesto e integro jamais se deixa corromper.

A data e o local do evento ainda não foram confirmadas, mas deverá ocorrer no mês de outubro. Nós teremos a chance de presenciar essa vinda histórica de um dos maiores representantes popular dessa atual geração. Iremos presenciar o homem certo no lugar certo.
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Só faltou nos chamarem de “Massa Falida”

Ontem (23/09) ocorreu a última Audiência Pública para discutir a alteração no plano diretor do Município. Várias pessoas compareceram, de autoridades á moradores do bairro próximo a área que estava em discussão.

A Audiência começou com a leitura de vários pareceres (comissão de discussão, CONDEMA, AREA). Depois um Engenheiro Agrônomo da Prefeitura fez uma apresentação explicando de maneira bem detalhada todos os riscos que poderiam haver com a construção das casas em uma área ZAP (Zona de Alta Permeabilidade), e bem próximo a “Lagoa do Peta”.

Logo após, a palavra foi concedida aos vereadores para se pronunciarem a respeito do assunto. E dando continuidade, o Secretário de Obras da prefeitura Dé Berchielli deu mais uma breve explicação a todos a respeito do projeto, e disse claramente que “é o município que tem que se adaptar ao governo”.

Depois de toda a “discussão” feita sem nenhuma participação popular, e inclusive questionada no final sobre isso, o Vereador Mauro Cenço leu uma carta assinada por José Vitório Galfette, representante da GSP Construtora, comunicando a desistência dos empresários em lotear a área para casas populares do programa “Minha casa Minha vida”, o que fez com que todos os presentes que realmente amam sua cidade e o meio ambiente dessem uma salva de palmas.

Logo após isso, subiu a tribuna o Secretário de Governo Lutti, dizendo que quem saiu perdendo foram as famílias que iriam ser beneficiadas.

Como podem ver, só faltou agora eles chamarem a população assim como eu recentemente ouvi de um Professor e jornalista de nossa cidade, “massa falida”, ou seja, que as pessoas não teriam nem capacidade de entender que ninguém foi contra as casas, mas a favor do meio ambiente, pois temos várias áreas disponíveis para o tal loteamento, cabe a prefeitura agora correr atrás de outros terrenos para que nossa cidade seja beneficiada pelo programa do governo federal.
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Pra não dizer que não falei da água

Neste Blog foi publicado um artigo que foi também foi publicado em mais dois periódicos de nossa cidade: DebateOnline e Jornal Fonte. Era um texto tratando dos gastos da Casa de Leis de nossa cidade com o consumo de água mineral engarrafada, para saciar a sede dos nossos nobres edis. Depois de termos provado por “A mais B” que além da poluição causada pelas embalagens isso resultaria em um gasto desnecessário de 44 mil reais para a casa de leis, várias mudanças ocorreram.

A primeira delas foi a troca da marca de água mineral “prata” pelas marcas “Jaboti” e “Daflora”, que já representariam uma economia de mais de 50% para os cofres da Casa. Outra mudança ocorreu no dia 4 de setembro, quando tive acesso a um ofício que o vereador Murilo encaminhou ao Presidente da Casa Mauro Cenço, sugerindo a utilização de filtros de barro fabricados em nossa cidade, dentro da casa de leis.

Murilo alegou a necessidade de se prestigiar um produto legítimo de nossa cidade, porém não citou o alto gasto e poluição das garrafinhas, e nem mesmo argumentou a substituição dos frigobares pelo filtro, apenas sugeriu também, a utilização deste outro produto.

O presidente da casa, assim como eu, provavelmente não deve ter visto sentido em deixar nos gabinetes dos vereadores além do frigobar, um filtro de barro, e criou então um novo ofício circular (onde anexou junto ao ofício do Murilo) e enviou para todos os vereadores pedindo para que aqueles que tivessem interesse em substituir um pelo outro que se manifestassem por escrito num prazo de 10 dias.

Diante disso, esperei uma semana além do prazo dado pelo presidente da casa de leis, e fui atrás das respostas, e por sugestão do Presidente Mauro Cenço e do vereador Gouvêa, fui até cada vereador para conhecer a resposta de cada um sem ter que solicitar tais documentos a secretária ou a presidência, tornando isso algo transparente, sem burocracia, e com uma maior aproximação entre legislativo e munícipe.

Porém acho que não foi uma boa idéia, pois me notificaram para eu nunca mais fazer isso, uma vez que eu tenho que ser anunciado na portaria antes de me aproximar de algum gabinete, ou seja, se eu anunciei que vou no Gabinete do vereador Emerson, e depois quero ir no do vereador Murilo (que fica logo ao lado) é necessário eu descer com um assessor até a portaria, pedir para que liguem para o assessor do outro vereador que eu quero ir, para ai sim subir novamente. Tudo muito simples, descomplicado, pratico, e nada burocrático.

Comuniquei todos os vereadores até sexta-feira (18/09) do meu interesse em tais documentos para fazer essa matéria, exceto o vereador Wilsinho ao qual não consegui contatá-lo. Como eu precisava apenas de uma cópia do oficio entregue por cada um deles, fui logo na segunda-feira (21/09) buscá-los, e como já era de se esperar não houve colaboração nem transparência de todos.

O primeiro ofício ao qual tive acesso foi do vereador Murilo Gaspardo. O mesmo aceita a substituição (uma vez que “foi ele” quem fez a sugestão), e dessa vez justifica salientando o combate ao descarte de embalagens descartáveis.

Já a resposta do vereador Nereu, relata que para ele é indiferente a existência ou não do frigobar, e também do filtro, já que ele e seus assessores podem utilizar o bebedouro de uso comum dentro da casa de leis.

O vereador Gouvêa que trabalha há muitos anos na cerâmica Stéfani, obviamente concordou com a substituição “proposta” pelo vereador Murilo Gaspardo.

O único que lembrou do que de fato fez com que ocorresse a mudança foi o vereador Emerson. Além de concordar com a substituição, salientou ainda a importância de terem sido questionados através do artigo publicado neste blog e em outros periódicos em relação ao consumo antiecológico e insustentável da água na casa de leis.

Já a posição e ou opinião dos “nobres edis” restantes não saberemos, uma vez que não tivemos acesso aos ofícios de resposta deles. As explicações para a não apresentação dos documentos para compor esta matéria foram diversas e seguem logo abaixo.

Gilberto de Faria - Havia me prometido pessoalmente a cópia dos documentos para segunda-feira, porém quando solicitado, seu assessor pediu para retornar no dia seguinte o que adiaria o fechamento dessa matéria.

Wilsinho - Está viajando e só chegará na próxima segunda-feira (28/09), o que impossibilitou o pedido e a apresentação do ofício. Porém deixo o espaço aqui em aberto para caso o mesmo queira se pronunciar quando chegar de viagem.

João Bassi e Aloísio - Responderam que não iriam fornecer a cópia do oficio, e sugeriram que recorrêssemos a secretaria.

Carmo Jorge Reino - Não nos respondeu ao pedido de solicitação do oficio até o fechamento dessa matéria.

Mauro Cenço - Embora tenha nos dado a sugestão de solicitarmos tais documentos diretamente com cada vereador, não nos concedeu o seu posicionamento.

Diante disso alguns fatos têm devem ser levados em conta. Parece que as coisas estão começando a clarear, ou melhor, começando a ficar um pouquinho mais transparente, pelo menos pra 40% dos nossos representantes, o que só para lembrar não é mais do que a obrigação deles.

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Só para lembrar a todos, hoje às 19hs na Câmara Municipal de Jaboticabal, será realizada mais uma Audiência Pública, para discutir a alteração no Plano diretor do Município, se possível compareçam, esse assunto é de extrema importância a todos nós.

Não vamos deixar que os empresários e a prefeitura acabem com a nossa natureza para se beneficiarem, chega de mais mentira, vamos lutar por moradias mas em lugares adequados.

Essa luta também é nossa!


Leia também: O que existe de tão grave que une a Granja Viana e a lagoa do Peta, em Jaboticabal? (DebateOnline)
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Comunicado

Prezado amigos, visitantes, leitores e seguidores deste Blog.

O Blog da Moska está acompanhando a discussão da alteração no plano diretor do município. Estivemos presentes até agora em todas as reuniões e audiências a respeito do assunto que trata da possível construção de casas do projeto do governo federal “Minha casa, minha vida” praticamente colada á “Lagoa do Peta”, em uma ZAP (Zona de Alta Permeabilidade), o que seria acabar com o que já vem sendo destruído há anos.

Embora Jaboticabal realmente precise, e muito, destas casas, a questão ambiental precede, mesmo porque segundo o secretário de planejamento Dé Berchielli, ainda existem outras duas opções para a construção das tais casas.

Enfim, vamos acompanhar com muita atenção todos esses passos, para em breve, podermos compartilhar maiores informações.

Um grande abraço a todos, e lembrem-se, essa luta também é nossa!
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Uma sala realmente secreta

Você esconderia de alguém alguma atitude honesta, ética e integra? Pois é, eu também não. Embora não faça questão de exibir minhas atitudes, posições e ideologias, também não as escondo. Uma conversa e ou uma visita em meu blog revelam como eu penso.

Porém com os homens públicos nem sempre é assim. Lembram-se do recente caso do ex-diretor-geral do Senado Sr. Agaciel Maia que possuía uma "sala secreta" para guardar documentos considerados sigilosos? Pois bem, vamos utilizar um pensamento lógico, para que serve uma “sala secreta”? Uma pessoa só esconde informações quando estas são estratégicas para empresas, uma patente por exemplo. Mas no âmbito público, do serviço público, as pessoas escondem informações quando essas comprometem a dignidade, o respeito e a moral de quem as esconde, ou de pessoas (ou grupos) que são próximas.

Vimos o que ocorreu na esfera da política nacional (no Senado da República, e já é preciso começar a discutir sobre a necessidade ou não do Senado, de um congresso bicameral). Talvez um reflexo distorcido, mas não menos nocivo a vida pública acontece também em nossa política municipal. Em uma das primeiras Sessões Ordinárias da Câmara dos Vereadores de Jaboticabal, o “ilustríssimo” Senhor Presidente da Câmara Mauro Cenço, para a infelicidade de todos os outros “nobres edis” referiu-se ao local, onde se reúnem previamente para discutirem projetos e requerimentos, como a “Sala Secreta”.

Mauro Cenço adjetivou de maneira ousada, porém sincera, a biblioteca da Câmara Municipal, e a população de nossa cidade já confirmou assim o seu batismo com a nomeação de “Sala Secreta”. Vejam a que ponto chegam as coisas: os senhores vereadores realizam duas sessões por mês, têm 15 dias para tomarem conhecimento, discutirem, analisarem, e tirarem suas dúvidas com relação aos projetos de leis e requerimentos que serão votados na sessão ordinária. Além disso, ainda dispõem se necessário, de mais algumas horas na tribuna durante as sessões para defenderem, discutirem e dividirem com a população tais documentos. Porém, ainda sim, tudo é decidido na “Sala Secreta” e não aos “olhos e ouvidos” da população. Por que tal atitude?

Todas as discussões que acontecem na casa de leis nos envolvem e nos interessam, afinal eles estão lá nos representando, ou pelo menos deveria ser assim. Como podemos aceitar e legitimar tais ações das quais nem sequer sabemos o que houve por trás delas? Como podemos nos sentir representados, sendo que eles nos deixam claro que as importantes decisões sobre o futuro de nossa cidade estão nas mãos de dez pessoas? Sem nomes? Afinal jamais saberemos quem foi realmente a favor e quem foi realmente contra alguma coisa. Que tipo de acordo foi realizado?

Jamais saberemos o que lá dentro acontece, quem garante que a quatro paredes eles são os mesmo que aparentam ser publicamente? Quem nos garante que não há troca de favores, pressões, ou até mesmo compra de opiniões? Como sustentar esse corporativismo?

Enfim, nós devemos exigir poucas, porém legitimas coisas: compromisso público e transparência. Realmente esses não são os objetivos de nossos nobres edis. Cabe a eles esconderem? Não, mas cabe a nós estranhar, divulgar e questionar tais atitudes.



Ariel Gricio – Blog da Moska
[www.eusouamoska.blogspot.com]

(Texto publicado no Jornal Tribuna 19/09/2009)
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Audiência Pública, pra que público?

Essa semana vocês devem ter notado que o Blog da Moska, passou meio “batido”, pois é, estive ocupado a semana toda pois estava fazendo um “estágio” em um jornal daqui da cidade. Conheci diversas pessoas interessantes e aprendi muitas coisas novas, além é claro de ter me preocupado e muito com os textos do Blog.

Ontem(17/09) aconteceu uma Audiência Pública, onde nem os vereadores ficaram sabendo, mas que segundo os advogados do prefeito (me refiro aos munícipes que defendem cegamente alguém sem nem precisar disso) disseram que o convite estava no site da prefeitura desde quarta. Nossa desde quarta. Mas e o lugar do convite? No cantinho inferior direito bem escondidinho. Mesmo que ocupasse a página da prefeitura inteira, só 10 mil munícipes tem acesso a internet, então os convidados dessa audiência eram somente os 10 mil munícipes Jaboticabalense?

Para quem não sabe, a prefeitura tem um assessor de comunicação que deveria ser responsável por quando ocorrer qualquer evento (principalmente de interesse popular), divulgar em rádios e periódicos desta cidade, para que dessa forma a população tome realmente conhecimento. Porém, sabemos que isso só acontece quando temos inaugurações de praças, pontes, prédios público, ou qualquer outra coisa do gênero.

Temos também que lembrar que se essa audiência que aconteceu ontem fosse divulgada em todos os veículos de comunicação, ainda sim de nada adiantaria, pois é quase impossível para um trabalhador ir até a Casa de Leis, em plena quinta feira logo de manhã. Afinal essa é uma audiência PÚBLICA, mas pra que público?

Será que a prefeitura dispensou seus funcionários para eles comparecerem e participarem disso como cidadãos?

Enfim, quem não deve não teme, e também não esconde nada, para que isso não aconteça novamente, vou anunciar aqui a próxima Audiência Pública, que será HOJE ás 19:30h na sala de sessões da Câmara Municipal. Compareçam, participem, e opinem, afinal eles estarão decidindo pra onde vai o NOSSO DINHEIRO, e o Blog da Moska também estará presente, para posteriormente divulgar aqui, o que lá ocorreu. Vamos aproveitar já que essa foi divulgada.

A foto abaixo é do sítio da prefeitura, veja aonde está a divulgação da Audiência, e o tamanho dela. Além disso observe se existe alguma data ou coisa do tipo.

(Para amplia-lá clique na imagem)
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No Brasil, a acumulação do capital está diretamente ligada à terra

“Quando a terra esta concentrada, o poder esta concentrado. O Brasil não é um país pobre, é injusto, conseqüência dessa estrutura de poder”. De acordo com o Professor Doutor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Carlos Walter Porto-Gonçalves, a realização da Reforma Agrária é fundamental para garantia da democracia no Brasil.

Para o Professor, no Brasil, a luta pela Reforma Agrária assume características essencialmente anti-capitalistas, diferente de muitos países que já realizaram a Reforma Agrária e destaca que a estrutura concentrada do poder e de terra no país tem suas origens na própria formação do Estado Brasileiro. “O Brasil conforma uma sociedade onde a estrutura de poder das oligarquias está extremamente ligada à estrutura de poder do estado. E, desde o início, a estrutura montada para a acumulação do capital está diretamente ligada a terra.”

Sobre o debate da Reforma Agrária na atualidade, o Professor Carlos Walter destaca a questão da territorialidade como um importante elemento para os movimentos sociais de luta pela terra. “Quando falamos que queremos ser reconhecidos pela nossa territorialidade, não queremos só a terra, queremos um sentido determinado de estar na terra, queremos o respeito ao nosso modo específico de estar na terra”.

Em entrevista à Comissão Pastoral da Terra (CPT NE2), o Professor fala sobre a formação do Estado brasileiro, a importância do debate da territorialidade na luta pela terra, dos desafios e de novas perspectivas para o avanço da luta pela Reforma Agrária no país.

Confira, a seguir, a entrevista:

Muitos países já realizaram a Reforma Agrária, seja pela Via Cepalina, seja pela revolucionária ou capitalista. Historicamente, no Brasil, a Reforma Agrária não aconteceu por nenhuma das vias. Quais são os elementos que impedem o avanço da pauta e a realização da Reforma Agrária no país?
A formação do Brasil é caracterizada por uma estrutura muito própria. A concentração fundiária é associada com a própria forma como o estado se organizou no país. O estado Português, então dono do território brasileiro, concedia Sesmarias aos filhos do Rei. Desde o início temos um processo cruel de formação da sociedade brasileira, e que vai ter a sua expressão na própria formação do território brasileiro, que é essa mancomunação entre as oligarquias e as próprias estruturas do poder. O estado português fazia a concessão da terra e investia nos sesmeiros, na prerrogativa de que ele [o sesmeiro], afirmando produtivamente sua sesmaria, afirmava também o controle social da metrópole portuguesa sobre o território. Assim, havia um objetivo político – o controle territorial – comandando a concessão das sesmarias. O sucesso econômico da sesmaria cumpria, assim, um objetivo político de controle territorial. O sesmeiro latifundiário era, desde o início um herói da conquista e, para isso, matar e desmatar foram seus instrumentos de controle territorial contra os índios e depois contra todos que não fossem fidalgos (palavra que deriva de “filhos d´alguém”). De modo que gerou essa oligarquia truculenta, violenta, que até hoje vem comandando o nosso país. O Brasil conforma uma sociedade onde a estrutura de poder das oligarquias está extremamente ligada à estrutura de poder do estado. E, desde o início, a estrutura montada para a acumulação do capital está diretamente ligada à terra. À época colonial, o Brasil já exportava a principal manufatura que circulava no mercado mundial: o açúcar. Ao contrário do que nos ensinaram nas escolas, o Brasil (assim como Cuba e Haiti) não exportava matérias primas e, sim, o açúcar, que era um produto manufaturado nos engenhos. Nossas oligarquias sempre foram modernas. A ideologia da modernização no Brasil “bem vale uma missa”, parodio Marx. Por tudo isso, a luta pela Reforma Agrária no Brasil acaba sendo uma luta anti-capitalista, uma luta que confronta o capital. Por isso tanta dificuldade de fazer a Reforma Agrária no Brasil.

É possível verificar essa violência histórica analisando os dados que a CPT colige todo ano. Por exemplo, no primeiro ano do governo Lula, em 2003, os índices de violência no campo aumentaram enormemente no Brasil. Os índices são comparáveis ao período da constituinte no final dos anos oitenta, quando a União Democrática Ruralista (UDR) atingiu seu auge. Naquele ano foram 73 assassinatos no país. Só no Pará foram 33. As elites partiram para a ofensiva, para a violência – seja pela milícia privada, seja pelo poder judiciário - temendo que Lula fizesse a Reforma Agrária. A violência naquele ano foi fruto da reação das oligarquias diante de um contexto que ela achava que seria favorável à Reforma Agrária. No período de debate da Constituinte, as elites partiram para violência no país inteiro porque achavam que se mexeria na estrutura da terra. Ou seja, nos anos em que a sociedade brasileira ousou ser mais democrática, foram os anos de maior violência no campo. Como Lula aderiu ao projeto agrário-financeiro das Oligarquias, a violência diminuiu nos anos seguintes. Ou seja, quem provoca a violência no Brasil não são os camponeses, não são os trabalhadores, é sempre uma violência protagonizada pelas oligarquias. Hoje, em pleno 2009, vivenciamos a mesma truculência de 500 anos atrás. Essa estrutura de poder profundamente desigual tem como base a concentração da propriedade da terra.

Como você avalia hoje a atuação do governo diante da Reforma Agrária?
Conversando com as pessoas que compõem o próprio Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Incra, elas dizem abertamente que o governo abandonou completamente a Reforma Agrária, e que está vivendo de apagar incêndio. Não precisa nem ser uma análise de alguém crítico ao governo. No Brasil, onde há mais demanda de terras é no Sudeste e Nordeste, entretanto, a maior parte dos assentamentos está na Amazônia. Há um descolamento entre a área onde há demanda de terra e onde o governo distribui a terra. Não há uma política de Reforma Agrária, no máximo, há uma política de colonização, o que acaba sendo o contrário da Reforma Agrária. E o Lula recebeu uma votação significativa, inclusive, pela sua trajetória política em defesa da Reforma Agrária. O Lula, até se eleger, jamais fez qualquer elogio ao agronegócio, ele jamais poderá alegar que já tinha simpatia pelo agronegócio antes de ser presidente. Ele acaba aderindo ao projeto das elites, das oligarquias, à lógica do agronegócio, e negando tudo o que ele disse ao longo de sua vida, ao contrário de FHC que fez no governo o que escreveu em seus livros (afinal, uma divergência importante de FHC com relação ao seu Mestre Florestan Fernandes é que em vez de romper com a dependência por meio da revolução democrático-socialista, como propunha Florestan, ele achava que deveria se aderir ao imperialismo como sócio subordinado. E foi isso que ele fez no seu governo).

Muitos dizem que a Reforma Agrária já não é mais necessária, que deveria ser feita nos anos 50, 60 quando o país estava se desenvolvendo. Muitos pensam que a Reforma Agrária está relacionada unicamente a questão econômica. A Reforma Agrária tem que ser vista, não como uma questão econômica, e sim como uma questão de democracia. Significa dizer que quando a terra está concentrada, o poder está concentrado. É claro que em um país que faz a distribuição de terras, a potencialidade e possibilidade da riqueza econômica também estará democratizada, mais isso seria uma conseqüência. O objetivo maior da Reforma Agrária é mexer na estrutura concentrada do poder. O Brasil não é um país pobre, é injusto, conseqüência dessa estrutura de poder. No Brasil, a Wolksvagem é proprietária de terra, assim como o Bradesco, o Itaú, o Daniel Dantas etc. E o que acontece nesses casos é que a terra fica improdutiva e serve apenas como moeda de troca pra receber financiamento (reserva de valor). Não sabemos se a Sadia ou a Perdigão são grupos agrários. Declarações do próprio presidente da Sadia afirmam que 80% dos lucros da empresas vêm do mercado financeiro, mas elas recebem financiamento do BNDES destinado à agricultura e com respaldo da sociedade. Para elas, o agro é só mais um negócio. É claro que se informarmos a sociedade brasileira que a Sadia, ou a Aracruz ou a Votorantin pedem dinheiro ao BNDES para simplesmente ganhar mais dinheiro no mercado financeiro elas não teriam o apoio que apregoam que o agronegócio tem. Mas elas dizem que é para produzir alimentos e aí saem abençoadas. Como se vê o agro é só um negócio!

Entre as experiências de Reforma Agrária, quais vêm se destacando e que poderiam ser um referencial pro Brasil?
Temos várias experiências de Reforma Agrária em curso no mundo. Cuba é um exemplo. O país hoje passa por uma Reforma Agrária dentro da Reforma Agrária. Lá, mesmo com realização da Reforma Agrária depois da Revolução, o monocultivo da cana continuou forte, pois a princípio não foi pensado um modelo de agricultura camponesa, de diversificação produtiva, de soberania alimentar e sustentabilidade. Agora, depois da queda da União Soviética, os cubanos estão vendo o valor da soberania alimentar e de encontrar um modelo agrícola e agrário em outras bases sociais e tecnológicas. Esse processo está sendo muito interessante. Também tem experiências importantes em curso na Bolívia, com um componente interessante que é o reconhecimento dos territórios indígenas. Na Bolívia, 62% da população falam línguas indígenas - Quéchua, o Aimara e o Guarani. Estamos falando da maioria da população. Nesse país, em 1952, houve uma Reforma Agrária em que a esquerda dividiu os territórios comunitários indígenas em parcelas camponesas, porque achava que os índios representavam o atraso. Esse processo atual com Evo Morales à frente é uma Reforma Agrária que reconhece a territorialidade indígena e não tenta fatiá-la em propriedades camponesas. Essas questões obrigam a esquerda a repensar sua própria forma de pensar o mundo, muitas vezes marcadas por uma visão também colonial.

Mas uma coisa é importante ser dita: não existem modelos de Reforma Agrária passíveis de ser transferido, copiado para qualquer outro país. Os países têm suas especificidades. O Brasil, por exemplo, tem uma diversidade ecossistêmica muito grande. Não poderíamos pensar em um modelo único de Reforma Agrária sequer para todo o nosso país. Além do Brasil ter uma enorme diversidade biológica, temos também uma enorme diversidade de povos e de formações camponesas muito singulares (fundo de pasto, faxinais, o complexo seringueiro, os retireiros do Araguaia, as quebradeiras de coco de babaçu, etc...). No Brasil se fala mais de 180 línguas indígenas, isso implica uma diversidade cultural enorme, isso implica populações que embora sejam pequenas, ocupam territórios que são relevantes. Essas populações são patrimônios culturais da humanidade, tem o direito a viver da maneira que querem viver e de decidir o que de nossa cultura querem e não querem. A Reforma Agrária está sempre associada a um projeto nacional que tanto pode ser um projeto que quer negar tudo isso em nome do progresso (como é o caso do agronegócio), como pode (e deve) ser um projeto que toma em conta toda essa diversidade social, cultural, política que o país possui. Chico Mendes, por exemplo, deu visibilidade a luta dos seringueiros e tinha essa compreensão. Ele propôs a Reserva Extrativista, que segundo ele era a reforma agrária tal como vista pelos seringueiros, que tem por trás e no fundo um projeto de nação, pois ele entendeu que para defender a Amazônia, tinha que preservar os seringueiros e os demais povos. Não há defesa da floresta sem os povos da floresta, como ele dizia. Aliás, Chico Mendes propôs no Congresso dos Trabalhadores Rurais realizado em Brasília, em 1984, que a reforma agrária deveria respeitar os contextos sociais e culturais, e eu diria, também geográficos, específicos. E essa tese foi aprovada.


Como você vê o cenário, o mapa atual da violência no campo no Brasil hoje?
Temos nos últimos dois anos um declínio nos conflitos no campo no Brasil. As razões podem ser múltiplas. Uma delas é essa questão dos programas sociais e seu poder apaziguador de conflitos, como é o caso do Bolsa Família, Bolsa Escola etc. Embora não seja só isso, isso é um componente importante que interfere no poder de mobilização da sociedade para lutar. De outro lado, as oligarquias estão satisfeitas com Lula. Elas baixaram o ímpeto de violência que tinham no início do governo, já que Lula aderiu ao projeto do agronegócio. O desenho novo que está aparecendo é o aumento significativo das comunidades tradicionais, entre os envolvidos nos conflitos no campo. Em 2007, 43% dos envolvidos nos conflitos eram comunidades tradicionais e, em 2008, esse número proporção passou a 53%. Isso significa que o capital está avançando e entrando em áreas que são tradicionalmente ocupadas por populações como essas.

Temos que ficar atentos que essas áreas são riquíssimas em biodiversidade. Então quando afirmamos que há o aumento do envolvimento das comunidades tradicionais atingidas pelo ímpeto da expropriação de terra pelo capital e envolvidas nos conflitos de terra, estamos falando também do avanço contra a riqueza de biodiversidade e diversidade cultural do país. Isso indica um elemento muito grave: a expansão do capital para novas áreas se dá muitas vezes por expulsão dessas populações. Por exemplo, a cana-de-açúcar vem se expandindo e entrando nas áreas onde antes havia o gado. Nesse caso, não há troca de um cultivo pelo outro. Nesse caso há troca de uma área de pastagem por uma de cana. Resta uma pergunta, pra onde vai o gado? O gado se expande... Vai pro interior da Bahia, pro Sertão do São Francisco, pra Amazônia. O gado aumenta a tensão nas comunidades tradicionais.

Qual a importância política da territorialidade no projeto de Reforma Agrária defendido pelos movimentos sociais?
A partir dos anos 70, passamos a ter um componente novo no debate político da questão agrária no mundo, onde o movimento indígena começa a colocar explicitamente no debate algo que historicamente sempre o caracterizou, a questão territorial. O debate territorial muda a qualidade do debate da Reforma Agrária, porque significa introduzir um componente de novo tipo na discussão, o da cultura. Quando falamos que queremos ser reconhecidos pela nossa territorialidade, não queremos só a terra, queremos um sentido determinado de estar na terra, queremos o respeito ao nosso modo específico de estar na terra. Estamos reivindicando a territorialidade distinta, exigindo o reconhecimento das diferenças. Isso acaba denunciando o caráter colonial com sua proposta de progresso levando à homogeneização inclusive da leitura do país. O país não era e não é homogêneo. As populações começam a reivindicar as reservas extrativistas, os fundos de pastos, não é mais uma questão só indígena e quilombola. O Brasil é repleto de diferentes “campesinidades”, que se criam a partir das condições diversas do ambiente, onde as comunidades vão criativamente se amoldando ao que os ambientes oferecem. Essas comunidades não são determinadas pelo ambiente, mas elas sempre partem do potencial produtivo da natureza. É uma cultura com a natureza e não contra a natureza. Isso é o novo bebendo na melhor de nossa tradição cultural. Nem tudo que é velho é bom, mas nem tudo que é novo também o é. É preciso abandonar qualquer fundamentalismo seja da tradição, seja do novo.

Por Helciane Angélica e Renata Albuquerque.

Com informações do MST.

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Transporte público... Que público?

Embora minha casa seja um pouco (alguns quilômetros) afastada do centro, só utilizo o transporte público em casos de muita necessidade, pois além de achar o preço da passagem alto, prefiro ir caminhando e aproveitando o passeio para ouvir música e admirar algumas belas paisagens de nossa cidade, do que sentar naquele banco me “mordendo” de raiva por me lembrar que a prefeitura pagou um bom valor à aquela empresa, que justificava ter tido prejuízo aqui na cidade.

Será que teve mesmo? Meu pai teve um comércio, e quando o mesmo não dava mais lucro ele o fechou. Não esperou dar prejuízo para depois ir até a prefeitura alegar tal fato, e pedir uma “ajuda” para retornar seu negócio.

Como se já não bastasse o valor do passe ser alto e eles terem recebido alguns milhões da prefeitura de nossa cidade, o serviço prestado ao nosso município ainda deixa muito a desejar.

Isso mesmo, quando entrei no ônibus logo sentei em um banco que estava “pegando fogo” por causa do sol forte que estava naquela tarde, depois disso percebi que havia uma mãe com uma garotinha que também se defendia do sol, com um panfleto. Ficou claro a urgência em colocar cortinas naqueles ônibus.

Porém vamos lembrar...

Você já viu algum “político” de nossa cidade pegar um circular? E alguém da família deles?

Acho que matamos a charada, como saber de uma necessidade, sem utilizar o serviço? Talvez seja isso que também aconteça com a saúde de nossa cidade. Ela não melhora, porque eles não utilizam o Pronto Socorro nem os CIAFS de nossa cidade. Talvez se isso ocorresse, talvez não teríamos falta de álcool em gel, sabonete, e papel toalha nesses locais.


Á e só pra lembrar, 20% da nossa câmara é composta por médicos, que fazem questão de aparecer nas fotos de textos relacionados às UPAs, mas não fazem a mesma questão de ajudarem, ou mesmo de fiscalizarem os nossos serviços de saúde municipal.

Poxa, poderíamos convidar o Dr. Nechar “que tanto tem feito pela saúde” para tirar uma foto ao lado das nossas belas camas enferrujadas e sem lençóis do pronto socorro. Mas aviso aos fotógrafos que levem uma câmera com um bom “flash”, pois não temos lá tanta iluminação assim.


Daí, temos uma bela lição!

Como disse uma vez um amigo: "Quer melhorar a saúde? Não vote em médicos", afinal com dois ali ainda não vimos muita mudança, que dirá com mais.

Bom, além das cortinas, percebi outro fato interessante, pouquíssimos bancos para as pessoas esperarem na praça o ônibus, além é claro da ausência de informações nos veículos dos bairros por onde eles vão passar.
Mas também esse é mais um serviço público... Que público?

PAGAMOS R$1,75 para não termos direito a uma cortininha, e esperarmos em pé os ônibus de uma empresa TERCEIRIZADA, isso quando ainda não temos que pagar pelos seus “prejuízos”.
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Ajudem, novo vídeo!

Bom dia a todos,

Novamente volto a esse diário moderno...

Hoje não postarei nenhum texto, pois várias coisas aconteceram ontem, e a produção dos mesmos ainda está sendo feita, espero que compreendam.

Ontem encontrei um visitante do Blog que elogiou o vídeo "Como é bom viver aqui", ele me disse que iria começar a tirar fotos "diferentes" da cidade como aquelas, e iria me mandar para que eu construísse um novo vídeo, pois ele disse que tem andado por ai e visto muita coisa errada.

Ai me surgiu a seguinte idéia, porque não abrirmos o espaço para todos ?

Claro, como não havia pensado nisso antes!

Pois então aqui vai!


Por favor, peço que aqueles que flagrarem atitudes irregulares em nossa cidade como obras mal feitas, descaso com terrenos baldios, asfalto ruim, escolas, hospitais, e qualquer prédio publico com problemas, que fotografem e enviem para o blog da Moska para fazermos um próximo vídeo.

Vamos selecionar as melhores, e em breve publicaremos um novo vídeo, mas esse com a colaboração de todos. Faça você também a sua parte, só assim com união é que conseguiremos mudanças.

Não serão dados créditos as fotos, ou seja, será colaboração. Deixando de lado a divulgação da identidade de quem colaborou.

Portanto, mandem as fotos para: arielgricio@ymail.com (sem necessidade de se identificar).

Assim que tivermos um bom número de fotos, começaremos a produção de um novo vídeo.

Obrigado a todos, e até amanhã.
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Começando diferente

Bom dia,

Hoje vou começar diferente.

Primeiramente gostaria de agradecer as pessoas que vem seguindo este blog diariamente, opinando e divulgando as informações aqui presentes.

No sábado (12), o Edson do “Debateonline”, publicou em seu blog o vídeo “Como é bom viver aqui” produzido pelo Blog da Moska e que ja teve mais de 100 exibições, quem quiser conferir é só [Clicar aqui].

Ontem o Blog da Moska acompanhou a eleição dos conselheiros tutelares, aproveitou para tirar várias fotos da Escola Municipal Coronel Vaz, que em breve serão divulgadas.

Também, ontem recebi um email indicando alguns textos. O cara que me mandou, sabendo do quanto questiono a atuação de nossos vereadores aqui em Jaboticabal, fez questão de me mandar dois textos sobre o assunto, eles seguem abaixo com suas devidas fontes.

Leiam, e tirem suas próprias conclusões.

Também gostaria de lembrar que hoje é o final do prazo para que cada vereador de Jaboticabal leve ao conhecimento do Presidente da Câmara, se quer ou não substituir seu frigobar com garrafinhas de água mineral por um filtro de cerâmica. Portanto, vamos aguardar.

Um bom início de semana a todos, e até mais.

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Brasil é o único país que paga salário a vereador

Pedro Rodrigues (PP), o vereador mais votado na última eleição em Patos de Minas, cidade a 400 quilômetros de Belo Horizonte, teve uma idéia que considerou genial: sortear com a população dois cargos de assessor parlamentar.

Cada cargo vale um salário de R$ 1.850,00. Apenas um deles exige do seu eventual ocupante o segundo grau completo. (...)

“Não dizem que os políticos só empregam parentes e amigos? Comigo não tem isso”, esclareceu. O Ministério Público Estadual abriu inquérito para apurar o caso.

Ex-secretário-geral do Ministério da Justiça no governo José Sarney, o jurista José Paulo Cavalcanti Filho garante que Rodrigues pode sortear os cargos, sim. E até deve ser elogiado por isso. O que ele acha errado é que Rodrigues ganhe salário e pague salário a quem o assessora.

Exatos 181 países fazem parte da ONU. Em um só se paga salário a vereadores ou a pessoas que exercem funções equivalentes. Adivinhe...

A única invenção brasileira reconhecida em fóruns internacionais é a duplicata mercantil. Data da época em que Dom João VI transferiu para o Rio a sede do império português. Nem o avião é, apesar do proclamado pioneirismo de Santos Dumont.

Pois a segunda invenção à espera de reconhecimento universal é o vereador pago. O vereador pago é como a jabuticaba, uma fruta genuinamente nacional.

Em raros dos outros 180 países, paga-se simbólica quantia aos conselheiros municipais. Eles se reúnem em local cedido pela administração do lugar. Oferecem lá suas idéias e vão para casa.

No Brasil, até 1977, somente os vereadores de capitais recebiam salários. Para fazer média com os políticos depois de ter fechado o Congresso, o general-presidente Ernesto Geisel estendeu o benefício aos demais vereadores.

Nos 5.561 municípios havia um total de 60.267 vereadores até 2004. A Justiça Eleitoral passou a faca em mais de oito mil vagas.

O Congresso ameaçou aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição que fixava em 57.295 o número de vereadores. Recuou e o número ficou em 50.653.

Poderia ser o dobro disso desde que pouco ou nada custassem aos nossos bolsos.

Sabe quanto eles custam? Algo como R$ 4,8 bilhões anuais.

É de lei: 5% da receita do município servem para pagar os vereadores, seus assessores e as demais despesas de manutenção da Câmara Municipal.

Você não acha que esse dinheiro seria mais bem empregado caso fosse destinado às áreas de educação e saúde, por exemplo? Afinal, a produção legislativa dos vereadores é irrisória e vagabunda.

Mas pense em propor acabar com a figura do vereador pago. Os deputados estaduais precisam dele para se eleger, assim como os federais precisam dos estaduais – e pelo mesmo motivo.

Fonte: http://www.jornaldamidia.com.br
Autor: Ricardo Noblat

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Não precisamos de vereadores, deputados e senadores

Quanto custa o sistema Legislativo?

Por ano: R$ 6.584.807.148,00 (6,584 bilhões). Dá pra pagar 392.513 professores por um ano (com salário médio no país - fonte: IBGE)

Câmara dos Deputados: R$ 639.600.000,00 (639,6 milhões por ano).
533 deputados federais

Senado: R$ 2.763.210.348,00 (2,763 bilhões)
81 senadores

Câmaras de vereadores: R$ 3.060.000.000,00 (3,06 bilhões por ano).
51 mil vereadores

Assembléias Legislativas: R$ 121.996.800 (quase 122 milhões)
1.050 deputados estaduais

A conta é maior. Tudo isso não conta a manutenção dos prédios, anexos e funcionários concursados.

Veja como esse sistema é ineficiente:

A função de um legislador é fiscalizar e legislar (criar leis). Quantas leis são adaptadas ou criadas por mês? Quantas leis nos últimos 10 anos resultaram em melhoria da nossa qualidade de vida? Pelo contrário, os eleitos estão conseguindo piorar a legislação brasileira.

Você pode dizer que "o meu vereador asfaltou a minha rua e botou ambulância no bairro". Mentira dele. Ele conseguiu prioridade na prefeitura para fazer uma obra com recurso da prefeitura. Obra não é função de vereador. Se fez obra é pra confundir o eleitor.

Você poderia conseguir isso através da associação do bairro, indo direto a prefeitura.

A nossa Constituição é muito boa. Precisa de tanta gente e sustentar essa estrutura permanentemente?

E quem fiscaliza o executivo sem legislativo? Tribunais de contas precisam funcionar de verdade.

E quem aprova mudanças nas leis? O povo.

Então pode ficar assim:
Executivo - prefeitos, governadores e presidente
Judiciário - promotores, defensores e juizes
Legislativo - O povo.

Ferramentas digitais permitem participação massiva em pouco tempo, com pouco custo.

"Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição"

Constituição da República Federativa do Brasil, 1988

Fonte: http://www.midiaindependente.org
Autor: Augusto Pereira
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