Uma boa idéia? Eu acho que não

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A cada dia que se passa eu fico mais admirado com a capacidade de criatividade de nossos ilustres vereadores. Há algum tempo atrás, alguns deles me disseram que eu precisava falar de vez em quando bem deles, o problema é o que falar? Realmente não é fácil, e outra, não criei esse blog para ser mais um “manifesto” de “puxa-saquismo” deles, afinal não é mais do que a OBRIGAÇÃO deles, fazerem algo que se preze por essa cidade e por nós, afinal eles ganham pra isso e não é pouco. Criei esse blog na esperança das pessoas ficarem sabendo do que eu também fico de uma maneira diferente, sem restrições de assuntos, e com muita objetividade.


Há alguns anos – três pra ser mais exato - foi implantado na casa de leis o programa “internet popular”, não sei de quem foi a “brilhante” idéia e nem quero saber, mas o programa foi um sucesso. Assim como a bolsa família, pois gera votos. Em um ano foram mais de 18mil acessos, ou seja, 18 mil jaboticabalenses, que pelo menos uma vez na vida ficaram satisfeitos com a câmara, e pensaram que para alguma coisa ela servia.


Embora isso tenha um caráter totalmente assistencialista, ainda mais quando o projeto foi criado DENTRO da Casa de Leis, várias pessoas se beneficiaram com tal programa, os utilizadores do projeto (eu fui um deles), e principalmente os criadores do sistema. O projeto deveria existir sim, porém sem essa frescura de ser justamente onde os nossos ilustríssimos senhores “trabalham”.


Bem, como se já não bastasse tal façanha, esse final de semana fiquei sabendo da implantação de mais um novo sistema que seria complemento desse. A instalação de um computador adaptado para deficientes visuais.


Isso foi mais uma “brilhantíssima” idéia de algum vereador ou de alguns, que realmente estão dedicados e compromissados com a nossa população não é?


Claro que não é, caramba olha de novo o caráter assistencialista aí, como assim dar computador para deficiente visual, sendo que as portas da “Casa do povo” por serem automáticas estão sempre blindando até mesmo a curiosidade da população que passa ali em frente? E outra, pra que ser dentro da Casa de Leis assim como os outros computadores e o novo telefone para pessoas surdas-mudas? Por que não na biblioteca?


Não existem motivos para dar um computador para um deficiente visual utilizar na câmara, se ela não tem nem o piso tátil para que ele possa se locomover sozinho lá dentro.


Será que nenhum dos nossos representantes ainda não percebeu que toda a nossa cidade, não é e nem esta perto de ser uma cidade acessível a todos os tipos de pessoas? Será que mais do que isso, ninguém se quer deu conta que a festa do quitute não foi uma festa acessível à “cadeirantes”, e deficientes visuais?


Devemos lutar por melhorias realmente eficazes como a sinalização tátil adequada no chão da cidade, o semáforo com alerta sonoro, a implantação de escrita braile em pontos de ônibus e em corrimãos de escadas de serviços públicos, rampas em todos os lugares e calçadas, ônibus adaptado para deficientes físicos e visuais, e todos esses tipos de coisas que ajudaram muito mais do que um único computador adaptado, e que ainda não terão um caráter assistencialista e nem segundas intenções.


Pois é, embora a cidade não tenha nem em suas divisões publicas esses meios de acessibilidade, não devemos aceitar, e muito menos bater palma para um projeto ao qual por traz dele só existe POLITICAGEM.


E lembrem-se, ainda sim se fizerem coisas "boas", eles não fazem mais do que a obrigação.

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