Na Mosca !

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Caros amigos, no domingo passado saiu no jornal Tribuna, um texto sobre moscas de autoria de Ricardo Gestal, embora ele não seja biólogo, seu texto me chamou atenção, e com a sua autorização , o texto segue abaixo. Obrigado.

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A mosca na sopa
Como as moscas de Raul


A mosca é um animal incômodo, porém, injustiçado, pois possui funções importantes em relação ao homem, que vai desde a utilização em laboratórios para controle biológico de pragas, metodologias e experimentos científicos, como em estudos genéticos, polinização e até mesmo como organismos decompositores. A Drosophila, por exemplo, vulgarmente conhecida por mosca-da-fruta, é um modelo muito utilizado nos laboratórios de investigação, pois reúne todas as condições para modelo de trabalho.

Assim, algumas moscas são mais úteis ao planeta e à nossa sociedade que muitos políticos que vivem a rodear a “sopa pública” e a viver dela. Sopa que muitos vão engolindo e digerindo da maneira que acham conveniente, sem a menor satisfação a dar, se é que você me entende! Dá-lhe Cangraço, ou melhor, Congresso.

É bem verdade que muitos ajudam a fazer a sopa pública, como aqui em nossa cidade, conseguem verbas, agilizam empréstimos, mas há um custo, surgem mais moscas que vem se deliciarem desta sopa em grandes e suculentos pratos fundos e cheios, que perto do que se tem nos pratos da grande maioria das moscas nativas, que parecem não qualificadas para tanta sopa, mas para a sobra, uma grande afronta a nós “moscas domésticas”.

Existem ainda algumas moscas que como Kamikazes se jogam nas sopas para provocar uma reação de outras nativas moscas que vivem a lamber o fundo do prato, isso quando há o que lamber, pois há moscas oportunistas espreitando o “sopão do lago” cobiçando o momento certo para pousarem e viverem no deleite público.

É obvio que cidadãos estão bem acima das moscas, ou melhor, mais evoluídos, porém, a quantidade de moscas é infinitamente superior, o que é uma pena.
Acreditar que moscas apenas azucrinam, sem sentido existencial é um erro, e como todas as outras criaturas, há efetivamente um desígnio, assim como a evolução do homem comum a cidadão, que como moscas, as moscas de Raul, incomodam, pintam para abusar, perturbam o sono, vivem a zumbizar. E não adianta dedetizar, pois nem o DDT pode assim exterminar, porque você mata uma e vem outra em seu lugar (espero). Observando e abusando.

Então, olha do outro lado agora, estamos sempre juntos de você. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.

Mas afinal, a mosca é um incômodo, para quem? A mosca que é atraída pelos detritos, imundice e sujeira, algo que a política produz em larga escala seja onde for.

Quiçá, cidadãos atraídos por toda essa pandemia repugnante de políticos aproveitadores e amorais, fossem levados a multiplicar-se e agir como moscas, como as moscas de Raul, aporrinhando, infernizando, azucrinado a vida de oportunistas e embusteiros do público pousando em suas sopas.


Autor: Ricardo Gestal

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