AgroVenenos e nós...
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O Brasil é hoje o miaor consumidor de agrotóxicos de mundo. Além dos danos
aos solos e aos ecossistemas, esses produtos contaminam a água (há uma
portaria ...
Recentemente fiquei sabendo que a câmara municipal de nossa cidade estaria adquirindo mais um veículo oficial para a casa de leis. Embora ela já possua quatro, e todos de luxo (1 Vectra, 1 Corolla, e 2 Fusions), ainda sim os nossos representantes acreditam que esse número é pequeno, e nada mais justo do que um carro de luxo para cada dois vereadores.
O interessante é que eles alegam que um dos Fusions está totalmente danificado depois de ter passado em cima de uma campana de caminhão, portanto está no conserto. E o Vectra está dando muitos problemas pois esta com uma quilometragem muito alta segundo eles.
O novo carro que está sendo adquirido é mais um Toyota Corolla que esta custando cerca de R$ 70.000,00.
O mais engraçado de tudo isso é que segundo um vereador que faz parte da comissão de compra, a preferência foi dada ao Corolla, pois a exigência era que o veículo deveria ter 16 válvulas e ser durável, e o Corolla neste caso preenchia os dois requisitos.
Na minha posição de cidadão, eu havia solicitado a um vereador os documentos referentes à compra do veículo, este vereador encaminhou o pedido até a presidência e até agora não obtive nenhuma resposta.
Mais uma vez estamos diante de uma situação que nos leva a vários questionamentos:
Quatro ou três carros de luxo, são poucos para os nossos representantes utilizarem?
Para que esses carros são usados e para que eles deveriam ser usados?
Porque comprar mais um sedan de luxo, e não um popular 1.0 que é mais econômico e muito mais barato?
Porque eles só aceitam andar em carros 16 válvulas, e nós cidadão humildes temos que nos contentar com nossas bicicletas, ou carroças (quando temos) ?
Porque não consultar a população para saber se ela está de acordo com esta vergonha?
Será que eles pensam que a podridão da nossa política municipal irá se camuflar dentro desses luxuosos sedans?
Enfim, são perguntas muito difíceis para nossos vereadores, porém bem lógicas. Infelizmente fica aqui mais uma vez a nossa indignação por mais um descaso de nossos falsos representantes com o nosso dinheiro, e com a nossa opinião.
Há uns dois anos atrás houve um concurso para estagiário da câmara de Jaboticabal. Fiz minha inscrição quando estava no ultimo ano do Ensino Médio, vários meses se passaram e havia até me esquecido desse tal concurso, pois ainda não haviam me comunicado a data da prova.
Num sábado as 23:00h minha tia me liga, me avisando que o concurso ocorreria no outro dia, no domingo de manhã, e que ela havia visto a data por um acaso no site da câmara.
Acordei no domingo e fui fazer a prova. Cerca de 200 pessoas haviam feito as inscrições, porém, apenas 27 comparecem para fazer o exame, óbvio, todo mundo ali ficou sabendo por puro acaso.
O resultado finalmente chegou, havia 10 vagas, e eu tinha ficado em 3º (terceiro) na classificação final.
Mais alguns meses se passaram, e fomos chamados no começo do ano seguinte para comparecermos a câmara. Nessa época eu estava cursando FATEC (bioenergia sucroalcooleira). Fui até lá, e chegando encontrei todos os outros que também passaram.
Fui abordado por uma simpática mulher que começou a conversar apenas comigo mesmo diante de todos os outros “candidatos”, a conversa foi bem simples, perguntou meu nome idade etc.
Depois todos nós subimos, sentamos nas cadeiras e foram chegando vereadores e assessores que nos chamavam para conversar, e um rapaz chamado Márcio da empresa CIEE (empresa de estágios) que dava algumas instruções. Mal sentei na cadeira aquela mulher que havia conversado comigo antes disse em voz alta: “- Nesse o vereador Jan Nicolau tem interesse” (me apontando).
Na hora não sabia do que se tratava, mas fiquei feliz, pois havia sido o primeiro a ser comprado, convocado, escolhido ou sei lá. Enfim cada um conseguiu alguma coisa, e eu voltei contentíssimo para casa, pois aquele seria meu primeiro emprego.
No dia seguinte liguei para saber quando eu começava (estava muito ansioso), quando tive a notícia de que eu não pudera ser aceito no emprego porque minha faculdade não era compatível com o que eu iria trabalhar lá dentro, porém eles ainda estavam analisando.
Estava bom de mais pra ser verdade, como que eu um garoto de 18 sem nenhum vinculo com ninguém lá de dentro, sem meus pais serem cabos eleitorais de ninguém, sem se quer saberem que meu sobrenome existia nessa cidade, iria conseguir um emprego lá? Realmente estava querendo de mais, sim, era quase um absurdo querer algo desse tipo em uma cidade de política neo-coronelista como a nossa.
Bem, mas como eu era e sou um jovem determinado, resolvi dar uma lida no edital do concurso, e nele percebi que não havia nenhuma restrição quanto a faculdade e ao curso que você fazia Pois bem resolvi encarar o problema de frente. Fui até a câmara e fui conversar com os responsáveis por me recusarem (se eu não me engano o setor jurídico). Chegando lá, é claro que fui tratado com total desprezo e desrespeito, meus olhos chegaram a encher de lágrimas, mais segurei no máximo.
Quando argumentei quanto ao edital, mesmo com uma cópia do mesmo em minhas mãos, elas argumentaram que eu estava errado e pronto, e que eu só conseguiria estagiar lá, se o presidente da câmara permitisse, pois ele era o patrão delas.
Sai de lá chocado, porém fiz questão de guardar muito bem a face daquelas mal educadas mulheres e também seus nomes. Fui atrás do então responsável pelo estágio do CIEE, que como já era de se esperar não me atendeu. Enfim, como já era de se esperar,não consegui trabalhar naquele estágio que seria muito importante para mim naquele momento.
Resolvi não ir atrás da justiça dos homens, mas sim na de Deus. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde eu iria sorrir quando me lembrasse de tal fato.
Alguns anos se passaram, e hoje passo freqüentemente em frente à sala delas olha-as nos olhos e solto um belo sorriso de “Muito Obrigado”, pois sem elas eu jamais teria conseguido enxergar algumas coisas de nossa cidade como enxergo hoje.
Essa foi uma das frases que mais ouvi essa semana, não dos meus pais, não dos meus professores, não da minha namorada, e muito menos dos meus amigos. É interessante a maneira como as coisas acontecem. Num dia eu não recebo um único telefonema, no outro meu celular não para de tocar.
Não que isso seja ruim, afinal, estava mesmo precisando conversar, e oportunidades essa semana não faltaram. O motivo claro, INTERESSE POLÍTICO. Isso mesmo, nada além disso
Num primeiro momento sou convidado a conversar com um Vereador Dr. ou um Dr. Vereador, isso, o médico pediatra. Fiquei feliz, pois vi sinceridade nos olhos de sua secretária, uma simpática senhora muito educada, gentil, e simples.
Embora já esperava me decepcionar com a tal conversa, não imaginava que seria uma decepção tão grande. Com um tom de arrogância e superioridade diante da minha pessoa, a conversa foi curta, direta e seca. Não consegui segurar uma feia mania que tenho, de sorrir quando ouço um absurdo, e lá ouvi vários. Foi triste ouvir os absurdos que aquele homem dizia, porém não parei de sorrir um único momento.
Nossa conversa começou com um irônico "Você quer beber água?" (oferecendo-me uma garrafinha de água estupidamente gelada).
Depois deste começo, acredito que podem imaginar o resto.
Mesmo assim vou dar mais alguns detalhes. Toquei em vários assuntos, dentre eles o AUMENTO dos salários dos secretários que foi votado e APROVADO na ultima seção ordinária, o aumento na tarifa de esgoto e o crescente índice de inadimplência das contas de água. E pra completar ganhei um projeto de lei para avaliar e sugerir mudanças.
Sempre criticando seus amigos vereadores, ou melhor, seus comparsas. Em momento algum assumiu que também tem sua parcela de culpa por a câmara gastar tanto com água mineral, e sabemos que pelo menos 10% dessa culpa lhe pertence (já que são 10 vereadores).
Vejo tudo isso com um saldo positivo, afinal tenho certeza que alguma posição será tomada com relação ao consumo das garrafinhas, seja essa qual for.
O principal problema é que nossos representantes tem que entender que eles devem explicações para a população a respeito desse assunto, e não para mim que apenas escrevi o artigo.
No dia seguinte, fui convidado novamente para conversar com outro Vereador Dr. ou Dr. Vereador, mas esse tem uma parcela um pouquinho mais elevada de culpa, já que o mesmo é o atual presidente da câmara dos Vereadores, e conseqüentemente responsável pelos gastos da casa de leis (pelo menos é isso que ele diz quando faz economias na casa).
Não esperava, mas com ele a decepção foi ainda maior. Tínhamos combinado de conversar as 10h da manhã, o esperei até as 11:45h e nada. Costumo ser pontual, pois independente do que sou, meu tempo é tão valioso quanto o de qualquer outra pessoa. Ser convidado, e depois tomar um chá de cadeira de quase 2 horas do maior interessado é realmente revoltante pra qualquer um.
E só para salientar, durante todo esse tempo não precisei beber nem água prata, nem qualquer outra engarrafada. E ainda estou vivo.
Tô vendo tudo, tô vendo tudo Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Um país que crianças elimina Que não ouve o clamor dos esquecidos Onde nunca os humildes são ouvidos E uma elite sem deus é quem domina Que permite um estupro em cada esquina E a certeza da dúvida infeliz Onde quem tem razão baixa a cerviz E massacram - se o negro e a mulher Pode ser o país de quem quiser Mas não é, com certeza, o meu país
Um país onde as leis são descartáveis Por ausência de códigos corretos Com quarenta milhões de analfabetos E maior multidão de miseráveis Um país onde os homens confiáveis Não têm voz, não têm vez, nem diretriz Mas corruptos têm voz e vez e bis E o respaldo de estímulo incomum Pode ser o país de qualquer um Mas não é com certeza o meu país
Um país que perdeu a identidade Sepultou o idioma português Aprendeu a falar pornofonês Aderindo à global vulgaridade Um país que não tem capacidade De saber o que pensa e o que diz Que não pode esconder a cicatriz De um povo de bem que vive mal Pode ser o país do carnaval Mas não é com certeza o meu país
Um país que seus índios discrimina E as ciências e as artes não respeita Um país que ainda morre de maleita Por atraso geral da medicina Um país onde escola não ensina E hospital não dispõe de raio - x Onde a gente dos morros é feliz Se tem água de chuva e luz do sol Pode ser o país do futebol Mas não é com certeza o meu país
Tô vendo tudo, tô vendo tudo Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Um país que é doente e não se cura Quer ficar sempre no terceiro mundo Que do poço fatal chegou ao fundo Sem saber emergir da noite escura Um país que engoliu a compostura Atendendo a políticos sutis Que dividem o Brasil em mil Brasis Pra melhor assaltar de ponta a ponta Pode ser o país do faz-de-conta Mas não é com certeza o meu país
Tô vendo tudo, tô vendo tudo Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Olá amigo Jaboticabal, mais um ano se passou e você continua firme, e forte. Muitos filhos, alguns bons, outros nem tanto, afinal o que tens a dizer Jaboticabal? O que se passa em seu coração? O que lhe faz sorrir? O que lhe faz chorar? De que tens medo?
É... Realmente não é fácil ser cidade, que dirá ser Jaboticabal, terra de filhos ilustres, mas também de filhos perdidos. Cidade das rosas, mas também dos espinhos. Casa de grandes nomes, mas nem sempre de grandes homens.
Os meus sentimentos Jaboticabal, por aqueles que daqui já partiram e não viraram nomes de ruas, nem de pontes, e muito menos de prédios públicos. Os meus sentimentos são para aqueles que sempre desejaram uma cidade melhor, de todos, que mesmo no anonimato, dentro de suas humildes residências tinham orgulho de morar aqui, e realmente fizeram desse lugar uma cidade especial.
Mas hoje não é dia pra tristeza, e sim para comemorações, afinal mesmo com leis um tanto quanto estranhas, tarifas de serviços públicos abusivas, má administração, má representação, uma provável compra dos veículos de informação, e com vários indícios de corrupção, Jaboticabal ainda sim é Jaboticabal, e tem a festa do quitute.
Cidadãos verdadeiros ainda residem aqui, e insistem em ficar do seu lado. Pessoas que vêem com tristeza o abuso de poder, que se deprimem com a falta de lazer, que encaram com muita coragem as filas dos CIAFS, que pagam o que não tem pelo transporte público, e que assistem a nojenta política assistencialista de nossa cidade, ainda com um belo sorriso no rosto.
É por isso Jaboticabal, sinceramente, Parabéns!
Parabéns, por apesar de tudo, você suportar isso, ainda ser Jaboticabal, e por me ensinar assim como ensinou a Cora Coralina, que “mais vale lutar do que recolher dinheiro fácil, antes acreditar do que duvidar.” É só uma pena que nem todos os seus filhos tenham o mínimo de sensibilidade para aprender tal lição, principalmente aqueles que mais precisavam.
Enfim querida cidade amiga, um grande abraço, e muitos anos de vida, ou quem sabe de sobrevivência.
Vários estudos revelam que o aquecimento global já é uma realidade. Mesmo diante deste fato amedrontador e muito polêmico, muitas pessoas não dão a menor importância para o ato de poluir um rio, uma reserva florestal, ou mesmo de separar material reciclável para a coleta seletiva.
Essa realidade já não assusta mais a maioria dos nossos moradores, e muito menos os nossos vereadores. Apesar do Brasil ser um dos países com o maior índice de reciclagem no mundo, não podemos citar nossa cidade como uma colaboradora para com o nosso país e, mesmo não justificando a nossa falta de bom senso para a causa, isso é apenas o reflexo das atitudes tomadas pelos nossos representantes, que por sinal não são bons exemplos para seguirmos.
Apesar de ser do conhecimento de poucos — e acredito que essa seja a intenção — não existe um programa de separação de lixo reciclável para a coleta seletiva na Câmara Municipal de Jaboticabal. Mesmo sabendo que a maioria das coisas utilizadas (copos plásticos, garrafas plásticas e papeis) podem e devem ser recicladas, para assim diminuir os danos ambientais causados pelo lixo, será que ninguém lá de dentro nunca pensou nisso? Nem mesmo aqueles que dizem abraçar a causa ambiental e a utilizam principalmente como ferramenta de campanha? Afinal, será que é nosso o dever de criar leis e programas ambientais para a casa de leis?
Um problema... Existe um problema dentro de tudo isso, que ridiculariza ainda mais a posição da Câmara Municipal e é justamente esse problema que nos deixa evidente o descaso de todos os nossos representantes com o meio ambiente, e o que não é novidade também, a má aplicação do dinheiro público. Quando entrei pela primeira vez no gabinete de um vereador em nossa cidade, o que mais me indignou foi quando perguntei aonde se encontrava o bebedouro e imediatamente fui servido com um copo plástico e uma garrafinha de água (a mais cara do mercado) estupidamente gelada. Era de se esperar, afinal ela estava junto com várias outras dentro de um frigobar (pequeno freezer), disponível para cada gabinete.
A situação me deixou constrangido e fez com que certos tipos de questionamentos fossem levantados como, por exemplo, quantas garrafinhas eles teriam direito por semana? Quanto gastaria de energia aquele frigobar? Qual o impacto daquelas garrafinhas no meio ambiente? E se o objetivo delas seriam servir a população em geral? Nesta última é lógico que a resposta foi negativa.
Os dados A energia consumida por esses frigobares são extremamente grande, o que nos faz pensar se realmente vale a pena possuir um em cada gabinete.
Existe ainda o fato das licitações e a explicação do porque escolher a água mais cara do mercado (Prata). O que da uma diferença de mais de R$ 0,50 por garrafinha, em relação às outras marcas.
O preço da água sem gás (Prata) gira em torno de R$ 0,90 por garrafinha (a preço de custo). Já a marca da água mais em conta e que é engarrafada em nossa cidade (Jaboti) sairia pelo valor de R$ 0,40 (também a preço de custo).
Sendo assim, se multiplicasse ambos os valores por 46.080 (que é a quantidade de garrafinhas consumidas em um mandato), teríamos gasto R$ 41.472,00 com a água prata ou R$ 18.432,00 com água Jaboti (que é embalada em nossa cidade, e que conseqüentemente gera empregos na mesma). Isso resultaria numa diferença total de R$ 23.040,00 entre uma marca e outra, apenas em um mandato.
Mais um fator importante é que, mesmo a água sendo embalada, é óbvio que ainda são utilizados copos plásticos para se beber água. Estes já são ilimitados, pois são cedidos de acordo com a necessidade de cada gabinete, e que passaria tranqüilamente dos 60 mil em 4 anos, o que ocasionaria uma enorme poluição, já que não existe coleta seletiva dentro da Câmara.
A Análise Fazendo uma análise financeira do problema que foi exposto acima poderíamos concluir que são gastos em média R$ 3.072,00 com a energia usada para gelar a água, mais R$41.472,00 em média com as garrafinhas e mais R$ 180,00 com os copos plásticos em 4 anos. Sendo assim teríamos um gasto total de aproximadamente R$ 45.000,00 durante um mandato de quatro anos ou então mais de R$ 11.000,00 por ano, só para nossos representantes terem acesso a esse luxo, como podemos ver na tabela 1.
Afinal podemos chamá-lo de luxo, pois acredito que menos de 1% da população tem acesso a frigobar e garrafinhas de água para consumo diário. Isso nos dá uma real idéia da responsabilidade dos vereadores com o nosso dinheiro pago através de impostos, e com os problemas ambientais que vivemos.
As soluções... Serão apresentadas a seguir algumas alternativas bem simples para diminuir de maneira drástica tanto os gastos, quanto o lixo, ocasionados por esse abuso, para enfim sanar o problema.
A primeira alternativa (modelo A), seria o uso de refrigeradores elétrico equipados com galões de água mineral de 20 litros. Com isso seriam gastos R$ 9,00 por mês de água para cada gabinete (três galões), enquanto antes se gastava R$ 108,00 pela mesma quantidade de água. E com a energia do bebedouro R$ 1,55 por mês, lembrando que isso é apenas em um gabinete.
Agora pensando de maneira geral, ou melhor, se multiplicarmos tudo por 10, que seria um exagero, pois não precisamos de um galão por gabinete, eles podem muito bem caminhar até o corredor. Mas mesmo assim se quisessem um bebedouro por gabinete teríamos R$ 90,00 de água, mais R$ 15,50 de energia, totalizando R$ 105,50 mensais, já pensando em um período maior teríamos um gasto de R$1.266,00 em um ano e R$ 5.604,00 em um mandato, o que seria uma redução de gastos de R$ 39.400,00 para o plano orçamentário, quase 90%.
Esse seria um valor bem significativo, sem contar ainda que 46.080 garrafinhas deixariam de encher nossos aterros sanitários, visando assim reduzir o impacto ambiental e o problema com o lixo que estamos enfrentando. Porém essa alternativa se tornaria inviável se eles utilizassem copos plásticos descartáveis, mas então a solução seria fácil: utilizar copos de plásticos não descartáveis.
A segunda e última alternativa (modelo B), vem para nos mostrar que realmente um novo modo dos nossos representantes beberem água de ótima qualidade e bem gelada é possível sim, envolvendo pouquíssimos gastos, e poluição praticamente inexistente.
A solução baseia-se na utilização de purificadores de água, que são muito comuns hoje no mercado, e com um preço acessível a Câmara, mesmo porque seria um investimento que só traria benefícios, bem diferente do painel eletrônico adquirido por R$ 140.000,000 e que raramente funciona.
O consumo de energia para cada purificador que também refrigera a água de todos os gabinetes seria de R$ 12,23 em um mandato. Isso mesmo: R$ 12,00 em quatro anos, o que representaria uma economia de R$ 3.060,00 de energia durante um mandato. Ainda teríamos a vantagem de a água sair muito mais em conta, poderíamos considerá-la “de graça”, afinal o valor seria embutido na conta de água da câmara, e ainda não teríamos as garrafinhas sujando o nosso meio ambiente.
Realmente seria de extrema importância, economizar ao todo R$ 39.000,00 ou quem sabe ainda R$ 44.500,00 em quatro anos como podemos ver na tabela 2, pois esse dinheiro poderia ser revertido para a saúde ou a qualquer outro setor que beneficiaria toda a cidade, e não só o “bem estar” dos nossos vereadores.
Enfim, como podemos ver, basta nossos vereadores realmente quererem que conseguem ajudar a população. Não doando cestas básicas, nem colocando nome de familiares nas ruas (o que costumamos chamar de politicagem), mas sim fazendo seu verdadeiro papel, como elaborar projetos de leis realmente importantes e necessários, fiscalizar a prefeitura, e ter consideração com o dinheiro e com a dignidade do cidadão jaboticabalense que paga seus salários através de impostos.
(Matéria publicada no Jornal Fonte, e no DebateOnline)
Várias vezes reclamamos da política em que vivemos, reconhecemos que precisa-se de mudanças, mas atitude que é bom, nada. Pra que reclamar, se não tentamos fazer a diferença?
Não é só com reclamações que iremos conseguir algo, é preciso muito mais, precisamos não só apontar as falhas, mas também sugerir soluções; não só criticar, mas também argumentar; não só pedir mudanças, mas sermos os idealizadores dela.
Independente da maneira como os fatos aconteçam, temos de deixar prevalecer sempre, a justiça, a coerência, a honestidade a transparência, e o bem comum, para que dessa forma não nos rebaixamos ao nível em que eles nos propõem, e busquemos de maneira eficaz outra realidade, bem distante dessa nossa.
Desistir, definitivamente não é o caminho; aceitar, jamais, afinal é isso que eles querem, agora ter esperança e atitude, essas sim são qualidades de quem realmente busca mudança, e as merece.
Faça a diferença, mude, e mude contigo o seu, o meu, o nosso mundo. Faça o que há muito, nossos pais vem tentando, mudar para não sermos mais os mesmos. Não vamos novamente esperar até que outro Michael Jackson venha até aqui, para nós dizermos apenas: “Michael eles não ligam para a gente.”
Seja diferente, faça a diferença, escreva diferente, leia diferente, se informe diferente, e informe diferente.
Ser só mais um não basta. Se souber falar, divulgue; se souber escrever, publique; se souber cantar, que seja alto; se puder mudar, que seja logo.
Um assunto que esteve em evidencia há algumas semanas atrás, fez com que várias assembléias estudantis, reuniões internas em departamentos, e reuniões em Brasília com reitores de universidades federais, fossem organizadas para discutir de maneira ampla e aberta a utilização do NOVO ENEM como método de avaliação para ingresso em universidades federais e futuramente publicas.
O Enem que há mais de dez anos tem o seu papel fundamental na vida dos estudantes brasileiros, hoje passa por uma reforma. A prova que antes contava com 63 questões objetivas (testes) e uma redação, e era realizada em apenas um dia, hoje passará a possuir 180 questões objetivas, uma redação, e será realizada em dois dias.
De acordo com o Ministro da educação Fernando Haddad, a prova não mudou apenas seu corpo, mas também o seu conteúdo. Segundo ele, a prova deixará de ser conteudista, e passará a abordar assuntos presentes no dia-a-dia dos jovens brasileiros.
As universidades federais tiveram total autonomia segundo o governo, para decidir se aderem ou não a utilização do NOVO ENEM. No entanto, além disso, existe uma idéia mais específica, que seria a utilização do NOVO ENEM como a única forma de ingresso em uma universidade federal, o que eles chamam de “Sistema Unificado” ou no popular "Leilão de vagas", que seria fazer apenas a prova do NOVO ENEM para concorrer a uma vaga em qualquer IFES (Instituições Federais de Ensino Superior).
Até ai, tudo parece até um sonho, afinal como o ministro mesmo diz, e a UNE assina em baixo, “É o fim do Vestibular!”. É claro que até agora várias perguntas ainda não foram respondidas, fato que fez com que a ANDIFES (Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior) enviasse uma carta ao ministro da educação pedindo mais esclarecimento a respeito do novo projeto.
No entanto, existem vários pontos que nos deixam claro a pressa e a necessidade de se utilizar essa proposta do governo sem maiores questionamentos das IFES. Prova disso é o prazo que as Instituições tiveram para decidir se iriam utilizar o NOVO ENEM de alguma forma ou não, que foi de 60 dias. Tempo um tanto quanto curto, tendo em vista que qualquer alteração em qualquer método de ensino e de avaliação deva ser estudado com cautela, afinal de contas a vida de milhões de jovens estarão em jogo. Além do mais, todos os pontos fortes do projeto caíram por água abaixo, quando as universidades ndecidem não utilizar o sistema unificado, mas sim a prova como parte do método de avaliação para ingressantes.
Outro fato importante de ser lembrado, é que 87 das 100 escolas com melhor desempenho no ENEM são particulares e as outras 13 são federais, e dessas 100; 75 são do sudeste. Isto deixa claro a real oportunidade que um aluno da rede estadual de ensino, principalmente do nordeste e do norte, terá para ingressar em uma universidade federal. Poderíamos concluir ainda, que dessa forma o ensino superior público, ficaria mais elitizado do que já esta, pois hoje em dia, mesmo com programas de ações afirmativas, cotas, etc. Ainda é rarissima a existência de negros, ou brancos, oriundos de guetos, estudando em universidades publicas.
Enfim, mesmo os reitores, e professores tendo consciência de tudo o que foi dito aqui, ainda sim, decidiram apoiar essa jogada espetacular do governo. Alguns se defendem dizendo que temos que ter fé, e que vai dar tudo certo, outros chutam dados sem nenhum embasamento cientifico, e outros chegam a dizer ainda que a oportunidade de cursar uma faculdade em uma universidade publica será mais democrática.
Mas qual seria a verdadeira intenção deste recém projeto do governo? Porque só agora o ministro teve essa idéia sendo que ele está lá a vários anos?
De qualquer forma, alguns acreditam numa futura candidatura do Ministro da educação Fernando Haddad, outros acham que é apenas uma estratégia de marketing para a educação brasileira, que há muito vem se deteriorando não só neste governo, mas também nos anteriores.
Seja como for, os prazos foram curtos, a importância dada à educação e a opinião dos jovens (que serão os mais atingidos), foi inexistente, e a maneira como todo o processo foi conduzido, é extremamente preocupante.
Reynaldo Fernandes, Presidente do INEP (Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa), em palestra para esclarecimento do NOVO ENEM em abril na UFSCar (Universidade federal de são Carlos), quando questionado a respeito da falsa proposta de democratização das vagas em universidades publicas, teve a infelicidade de dizer que a mesma só seria possível se as vagas fossem sorteadas, fato que indignou desde alunos, até a administração da universidade.
Portanto, definitivamente não é o fim do vestibular, e muito menos a democratização do ensino superior, que por sinal está longe de ser alcançada, principalmente se as mudanças na educação continuarem acontecendo dessa maneira, com pressa, e sem a consulta da opinião pública que vem de quem é realmente beneficiado ou não.
Seja como for, vou escrever. Escrever pelo simples fato de não poder falar, ou de não ser escutado. Escrever pois assim posso expressar, argumentar, expor e propor. Expressar opiniões, argumentar fatos, expor problemas e quem sabe propor soluções.
A imprensa anda calada, quase morta em nossa Jaboticabal, seria apenas uma mordaça, ou um fim definitivo da publicação e da divulgação de fatos? Seja como for ainda assim vou escrever.
Escrever sobre o que quero, e sobre o que precisa ser escrito. Escrevo, pois espero que você que leia entenda e acredite. Onde andará nossas notícias? Nada mais tem acontecido, ou o assunto esta proibido?
Tantas perguntas, poucas respostas. A voz das rádios não se escuta mais, a do povo se camufla, e as deles continuam as mesmas. Sabemos que os acontecimentos têm ocorridos, de abuso de poder a manifestações populares, mas nada se fala, nada se ouve, e nada se faz.
O silêncio não nos engana, onde andará aqueles que prometeram mudanças? Onde estariam aqueles que prometeram fiscalizar? As coisas acontecem, o tempo passa, e a gente começa a conhecer quem é quem.
Podemos ainda ser mais objetivos, alguém já ouviu falar de algum projeto voltado para a juventude jaboticabalence? Pois é, eles nem se quer sabem o que se passa com a administração de nossa cidade (ou fingem não saber), que dirá com os jovens dela.
Enfim, tentamos, votamos, e mudamos metade deles, mas no entanto o que mudou? Somente os dedos, os anéis ainda são os mesmo...
São realmente muitas perguntas mas poucas respostas, muito a divulgar, e apenas um silêncio que parece estar bem longe de ter fim. Mas como diria Aldous Huxleyos (poeta britânico): “Os fatos não deixam de existir só porque são ignorados.”
Cabe a nós ficarmos atentos e começarmos a questionar o atual momento da nossa política municipal, e de seus idealizadores.