Barrado no baile, ops, na câmara

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Já faz parte da minha rotina a cada duas semanas aparecer na Câmara Municipal para apreciar as sessões ordinárias. Essa última segunda feira não foi diferente, ás 19:50h lá estava eu para mais um show dos nossos edis.


Tudo ia bem até quando o segurança me disse:


“- Você não vai assistir à sessão da câmara assim né?”


“-Eu iria, por quê?”


Pois bem, o segurança me orientou no sentido de que é necessário um traje cabível para tal ocasião, e não seria esse uma camiseta, uma bermuda pra baixo do joelho, e um tênis. E eu embora inconformado com a situação, voltei até a minha casa, e coloquei uma calça para prestigiar esse grande evento que esperava com ansiedade por 15 dias.


Mas claro isso é totalmente compreensivo, por acaso alguém iria a uma festa de peão sem uma calça apertada e uma fivela? Ou então a um show de Heave - metal com uma camiseta branca? Ou melhor ainda, a um baile Funk sem um boné e uma roupa larga?


Então, porque na “casa do povo” que como lembra a munícipe Sylvia “Casa do povo? Que povo?” haveria de ser diferente? Só porque ela leva o nome (vamos lembrar, só o nome) de “casa do povo”?


Embora seja difícil acreditar, lá também existem regras, e essas definitivamente não são economizar com água engarrafada, com compra de veículos luxuosos, e muito menos ser transparente em TODAS as ações, mas sim regras como:


-Não deixar o povo entrar na “casa do povo” sem estarem acompanhados por algum assessor


-Não deixar a população usar a tribuna livre quando ela achar necessário


-Definir se quem vai assistir à sessão da câmara decentemente trajada


Sim essa última você encontra no regimento interno mais ou menos assim:


Cabe ao presidente desta casa só deixar entrar pra assistir as sessões ordinárias aqueles que estiverem decentemente trajados. Não, não é brincadeira. Cabe a uma pessoa que nós colocamos, olhar para sua roupa e decidir... “esse entra, esse não, esse daí nem pensar!”


Tudo isso me deixa contente, pois já fui em mais de 10 sessões e em todas, uffaa, eu estava decentemente trajado segundo o senhor presidente da nossa casa de leis.


O mais engraçado, é que nessa ultima sessão em que fui barrado, só havia eu e mais um senhor de população, o resto era tudo imprensa. Ou seja, eles deixaram metade da população presente pra fora de sua sessão, depois dizem que é muito bom jovens participarem da política etc.
Nem um único jovem eles deixam entrar pra assistir a sessão que dirá para participar da política de nossa cidade.


Depois ainda tenho que ouvir que tenho mania de perseguição com vereadores, seria perseguição ou fiscalização? É, quem não deve, realmente não teme.

1 comentários:

Anônimo disse...

Sr. Ariel:

Leia com atenção Os 32 Cadernos do Cárcere, de 2.848 páginas de Antonio Gramsci, e aprenderá a lidar melhor com o ocorrido.

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