Memória curta, muito curta

Visitando o aterro sanitário essa semana, pude notar o quanto as coisas se encaixam em nossa querida Jaboticabal. Num dia ouvia um politiqueiro dizendo que a relação UNESP – Prefeitura nunca havia sido tão boa, nem mesmo quando o Prefeito era professor desta instituição. Chamando ainda a atenção para a criação de uma futura usina de processamento de resíduos de construção civil em nossa cidade.

O que não tem sentido é que embora não podemos esperar muito desse tipo de aproveitador, poderíamos apenas pedir uma memória um pouco melhor, afinal o mesmo lembrou da verba recebida pelo deputado, e também da verba que será enviada pelo estado, mas esqueceu de dizer que as terras onde a usina será implantada (no aterro sanitário) foram deixadas para o município quando o tal professor era prefeito, uma vez que a mesma havia sido doada para a UNESP.

Esqueceu também de dizer por que a tal usina de compostagem já existente no aterro e criada a mais de dez anos nunca foi utilizada. Será que com a de resíduos de construção civil não acontecerá o mesmo? Se lembrou da importância de todo o planejamento ambiental, mas se quer ousou fazer uma crítica ao presidente da câmara municipal por não organizar uma separação do material reciclado gerado pela casa de leis que cada vez mais enchem nossas células no aterro, e poluem o nosso ambiente.

Mas quantas e quantas coisas poderiam ficar aqui lembrando, até mesmo dos tais pneus que estavam ao ar livre formando criadouros de dengue no aterro. É esse o município ecologicamente correto que queremos?

A prefeitura faz questão de pagar pela coleta seletiva, pelo transporte do material, mas não pelo trabalho desenvolvido pelos separadores na associação, que já chegaram a retirar míseros R$100/mês, ou seja, o mesmo valor que nossos vereadores gastam para beberem água mensalmente.

É... As férias nem acabaram e já é perceptível que 2010 nos guarda muitas surpresas, muitas!